quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

FELIZ NATAL


Mas, vamos falar de Natal, porque dentro de algumas horas, estaremos todos sentados em torno da mesa, de uma pequena ou grande família, para comemorar o Natal, com ou sem crença religiosa, porque a festa virou momento de fraternidade para cristãos e não-cristãos. Todo o ano é a mesma coisa, mas um natal nunca é igual ao outro, assim como as estações do ano, na sua repetição podem ser parecidas mas não são iguais.

Há Natal com mais cadeiras em volta da mesa, outros com cadeiras vazias, familiares ou amigos que partiram, que nos deixaram ou que a vida tornou difícil de reencontrar. Nos primeiros Natais da nossa vida, a gente fica esperando a chegada do Papai Noel, depois vem a adolescência a rebeldia da juventude, a festa vira careta, até o dia em que a gente vira o Papai Noel para uma outra criança que está ali esperando o seu presente. É o ciclo da vida! E, no fim, já nem se precisa botar disfarce de Papai Noel, porque todo avô tem cara de Papai Noel. Nessas histórias de Natal, o ruim mesmo é passar a noite sozinho, com lembranças ou tristezas, ou não ter o que por na mesa.

É um momento doce e cheio de significado para as nossas vidas. É tempo de repensar valores, de ponderar sobre a vida e tudo que a cerca. É momento de deixar nascer essa criança pura, inocente e cheia de esperança que mora dentro de nossos corações.

É sempre tempo de contemplar aquele menino pobre, que nasceu numa manjedoura, para nos fazer entender que o ser humano vale por aquilo que é e faz, e nunca por aquilo que possui. Noite onde a alegria invade nossos corações trazendo a paz e a harmonia. O Natal é um dia festivo e espero que o seu olhar possa estar voltado para uma festa maior, a festa do nascimento de Cristo dentro de seu coração. Que neste Natal você e sua família sintam mais forte ainda o significado da palavra amor, que traga raios de luz que iluminem o seu caminho e transformem o seu coração a cada dia, fazendo que você viva sempre com muita felicidade.

Também é tempo de refazer planos, reconsiderar os equívocos e retomar o caminho para uma vida cada vez mais feliz. Teremos outras 365 novas oportunidades de dizer à vida, que de fato queremos ser plenamente felizes. Que queremos viver cada dia, cada hora e cada minuto em sua plenitude, como se fosse o último. Que queremos renovação e buscaremos os grandes milagres da vida a cada instante. Todo Ano Novo é hora de renascer, de florescer, de viver de novo.

Aproveite este ano que está chegando para realizar todos os seus sonhos!

FELIZ NATAL E UM PRÓSPERO ANO NOVO PARA TODOS!

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Palavras no Liquidificador...

Hoje acordei
com vontade incontrolável
incrível de escrever algo
Não sei sobre o que
mas poderia escrever
sobre melancolia
ou então por amores
decepções passadas
e até mesmo das alegrias
que assombram minha vida
Também pensei em algo diferente
do meu dia a dia...
pode ser que seja ruim
mas enfim, tenho vontade
Pensei muito...
em muitas coisas,
infinidade de coisas
mas nada se encaixava,
nada era perfeito para o momento
foi aí que eu percebi
que eu só queria escrever;
sem um porque,
escrever apenas por escrever.
Peguei um papel,
uma caneta...
e um chocolate,
comecei a rabiscar
também desisti...
fui para tela do computador
e num repente te vi
na minha página de recados
passei a escrever então
digitei coisas sem sentindo
e quando vi...havia escrito
isso... um monte de palavras,
que não se definem em nada
nem mesmo melancólico,
nem crítico... nem nada.
Apenas palavras jogadas,
que me deixaram alegre
muito feliz com uma paz
com um tranqüilidade interior
enorme... transbordando da alma
ultrapassando todos os sentidos
me deixando calma!

(Gaby Barcarolo, 28 de novembro de 2010)

Quero!

Quero um colo vazio

um gesto de carinho
pra mim, sei lá.

Quero um doce veneno
na hora "h" de me matar,
quero morrer de amores
sem sentir dores e nem chorar,
quero um mundo de estrelas e,
a lua cheia pra me guiar.

Quero respostas pra tudo
pra Deus, para o mundo
eu quero entender
a vida como ela é, sem cortes
nem flashes ou playback's pra disfarçar,

Quero amigos do peito no primeiro momento
em que conversar,
quero amar sem medo
daquele desejo de sempre amar.

Quero a veracidade dos fatos,
ferocidade de atos,
o rápido colapso que a vida faz
com pessoas que não entendem
que no mundo, essa roda gigante
está sempre descendo ou subindo um pouco mais.

Quero o sorriso mais pleno,
humano,
sereno,
eu quero sentir
uma liberdade nunca sonhada,
milhares de asas
eu quero subir..

Subir!

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Marginal Sentimental



Presa

Algemada

Pés e mãos atados

Amordaçada

Torturada

Julgada

Sentenciada

Trancafiada

Centos anos reclusa

Dentro de mim

Em regime fechado

Sem liberdade condicional

Recurso ou apelação

Por ter cometido

Tais terríveis delitos:

Posse de bons sentimentos

Apologia à felicidade

E tráfico de carinho

Meu cúmplice, o coração

Arma do crime, o amor!

Sou uma Caixinha de Sentimentos!

Senti uma dor no peito.
Parei, pensei, então me perguntei.
Porque está me doendo tanto.
Já sei… ele está machucado.
Pelos muitos tombos levados.
Que a vida lhe preparou.

A caixinha caiu, e sua tampinha abriu.
Quando ouvi o seu barulho.
Fui depressa tentar junta-la.
Qual foi minha grande surpresa.
Essa caixinha...Meu coração.
Lá estava aberta, e caída no chão.

Só que dentro dessa caixinha.
Muitas coisas da minha vida.
Lá estavam guardadas.
Dentro dela eu me lembro.Tinham…
Um pacote de lembranças.
Um envelope de nomes.
Num embrulho com saudades.
Uma pequena porção de sorrisos.
Mais um pacote de sonhos.

Lembro-me ainda.
Que havia colocado lá dentro.
Mais um embrulho de felicidade.
Junto com a esperança.
Sem contar com o grande envelope.
No qual estava guardado o amor.

Quando minha caixinha caiu.
Logo o vento a invadiu.
E quase vazia ficou.
Tentei junta-la a tempo.
Debati-me contra o vento.
Sentindo a dor no meu peito.

Tudo em vão:
Quase nada deu pra salvar.
Pobre caixinha amiga.
Sempre guardada escondida.
E nunca quis se mostrar.
Tentei não chorar.

E minha caixinha juntei.
Em meu peito a apertei.
Qual foi minha grande surpresa.
Dentro dela não havia mais nada.
Sei que agora vou sofrer.
Logo enxuguei minhas lagrimas.

Veja bem, como essa vida é cruel.
Porque não ficar comigo?
Eram só embrulhos de papel.
Sempre os tive bem guardados.
E relutando contra o vento.
Ainda consegui resgatar.
Um pequeno envelope.

Lagrimas caiam no meu rosto.
Mesmo assim dentro de mim.
Um pequeno sorriso sentia.
Com minhas mãos muito tremulas.
O único envelope abriu.
Veja bem quanta avareza.

Somente o envelope de saudades ficou.
Mais que depressa coloquei na caixinha.
Quantas coisas perdidas.
Senti muito quando não vi.
O pacote do amor.
O envelope de alegria.

Só que de nada adiantaria.
Eu agora querer lembrar.
Sei que nunca irei encontrar.

O que importa agora.
É guardar bem a saudades.
E tentar fazer uma nova caixinha.
E dentro dela guardar.
Alguns desses sentimentos.
Nem que sejam nos meus sonhos.

O envelope da saudade, este ficou.
E só agora descobri.
Porque a saudades ficou!
É pra eu nunca esquecer.
Tudo aquilo que na caixinha havia.
Que numa manhã enfadonha e triste.

O vento tudo levou.
Mas também deixou...
A saudade de pessoas especiais...
Posso dizer algo?
Tenho SAUDADES de cada DETALHE do que PASSEI!

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Não tem solução...

Nem sempre tudo é com desejamos

A vida às vezes nos da às costas

Quando achamos que esta tudo bem

A cadeira se vira e fica com as pernas pro ar.

Não é fácil encarar as dificuldades

No amor é ainda mais complicado

Pois tem o coração envolvido

E quem consegue resolver os problemas do coração

Sem se machucar

Ninguém

Sempre um sai machucado

E a ferida é profunda

Não cicatriza fácil

O coração sofre intensamente

E numa insistência aterrorizante

A mente não para de funcionar

Pensa, pensa e pensa

Mas fica sempre no mesmo lugar

Empacada

Sem saber como lidar com a situação

É aterrorizante a dor que se aprofunda no peito

Vai corroendo por dentro

Você já não sente mais nada

E quando tudo acabar

É que percebe que nada teve razão

E a solução evaporou.

Abro com Medo...

Abro o meu coração

quero te mostrar
de que essência ele é feito!
Toca-me lentamente
faz-me desabrochar os sentimentos
Dê tua mão...
quero-te conduzir
e mostrar a minha vida
Tua presença
faz meus olhos brilharem
mesmo que meu coração tenha medo
de se perder na próxima encruzilhada
Meu medo é natural
tenho receio de me machucar
no final das contas
Meu ser é transparente demais
para deixar esse sentimento
Passar feito brisa da manhã
Abro-me inteira
quando escrevo poesias...

Dúvidas

Palavras soltas ao vento, acompanham
a velocidade do tempo.
Chegam tão de repente, alegram, ferem,
amenizam ou simplesmente aquietam.
As palavras as vezes são como cristais,
transparentes e tão verdadeiros.
As vezes são como punhais, que ferem,
dilaceram a nossa alma, pouco a pouco.
Outras, são carregadas de doçura,
fazendo inveja a própria abelha.
Outras, são cheias de incertezas,
aumentando as duvidas do coração.
Outras, são alegres, divertidas,
despretensiosas.
Outras, é como um furacão, chegam de
repente varrendo sonhos e ilusões.
Algumas, são tão serenas, que você as
vezes duvida, se realmente as ouviu.
As palavras são elos que faltam pra
completar uma corrente.
As palavras podem ser remédios, pra
quem delas precisam.
Mas, se ditas erradamente, num momento
de ira ou de frustração, podem ser fatais.
As palavras, podem transformar sentimentos.
Abrir caminhos, ajudar a ultrapassar barreiras.
Mas, também podem destruir em segundos.
P A L A V R A S,
Uma vez ditas, não se pode mais consertá-las.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Prosas Soltas...

Tenho um mundo grande. Sonhos maiores ainda. Carrego nos olhos a suavidade de um sentir desajustado. Sou o que sou. O que fui não interessa. O que resta é essa normalidade exagerada que não se limita. Finjo ser normal. E não convenço. Brinco de ser menina, arco-íris, luz e purpurina...

domingo, 31 de outubro de 2010

Poema do Dia da Criança


PORQUE HOJE TAMBÉM É SEU DIA... 

Por entre as cortinas de vergonha
Que te separam de outro mundo
Com teu rosto embaciado
E sorriso desbotado
Procuras o firmamento
Mesmo que em pensamento

És um actor
Em palcos de negra via
Com plateia que dormente presencia
O teu desempenho assustado
De gesto envergonhado
Sem que a vida te sorria

Criança pobre
Triste
Faminta
Mal amada
Maltratada
Menino de rua
Menina da favela...

Quem dera no mundo
Não mais houvesse
Nem fome
Nem guerras
Nem doenças
Ou sentenças
Que te tiram a alegria

Criança...
Do lado de lá
Ou de cá
Onde mora vento e lama
No reino da fantasia
Adormece em leda cama
Que hoje também é
Teu dia!

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Tenho que ir...




Tenho que ir...
Seguir meu destino.
Dá de cara com a minha vida...
Me confrontar com minhas dúvidas.

Caminho pelas ruas de volta para casa...
Passo pela praça, e não vejo nada!
Nem pó de poeira...
Nem criança sorrindo...
Nem folha seca, soprada pelo vento... Nada!

Ao lado, o trem passa...
O pássaro, sem graça, se esconde.
As árvores secas com a imagem vazia!
Mostram minha realidade, que nostalgia.

É tempo de unir meus retalhos espalhados no chão.
Espalhados no colchão...
Espalhados nas neblinas...
Espalhados no verão...
Espalhados nas ruas do meu coração, que está alagado!
Com meus sentimentos boiando na contramão,
Pedindo esmolas nas esquinas, e recebendo não!

É tempo de me fazer rir,
Não posso ficar na mesma de sempre...
Querendo o mesmo de sempre!
Se para sempre, um dia acaba!
Pois nem tudo que acreditamos para sempre ser, é eterno!

Quero travessia,
Atravessar a ponte dos desesperados,
Quem passa por essa ponte vê a morte, mas não morre!
Encontra-se com sua vida, com suas feridas...
Todas elas cicatrizadas.

Mente, metade sadia, e a outra metade insana...
Corpo, metade bendito, metade louco varrido...
Saúde, sem cólera, mas não totalmente imune,
Quero ser curada vez em quando...
Pelo veneno bom do “amor”.

Depois da torturante travessia, estar preparada!
Preparada sim!
Para as ventanias e as ressacas do mar da vida.
Não posso viver a pegar aquela flor.
A flor que um dia viva e linda, guardei...
Ela secou no meu diário...
Consigo, guardou...
Todos os segredos que um dia escutou...
Eles foram revelados ao Sol, à Lua e as Estrelas.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

E…O TEMPO NÃO VOLTA

Sinto o tempo curto paraas emoções.
os minutos são para quem quer ser feliz
os segundos são palavras
ao ouvido
ao coração
profundamente na
alma.

Quero um sorriso grande
do tamanho do teu
beijo
demoradamente.
Quero a tua mão
no carinho das estrelas
dançando na pele derretendo
emoções.

Quero dançar, num
vestido colado
num baton vermelho
rodopiando contigo
sentindo o teu beijo na esquina
dum tango, e na valsa do sonho.

Quero, rumores dos regatos
teu corpo em chamas
de mistério e verdade.

Quero a grandeza dos dias
num instante de pérolas, e a memória
de frutos silvestres.
Quero ressuscitar palavras de amor
carinhos escondidos
soltar violinos sonhadores.
Encontrar-te iluminado na mesa das estrelas
e olhar-te como olhei bem,
na emoção dum mundo...

domingo, 19 de setembro de 2010

Generalizando... Ou não?!?!

Ah, as generalizações! Não sei que humorista escreveu isso, mas a frase é boa: “Todas as generalizações são perigosas – inclusive esta.” Implicamos com as generalizações, dizemos que toda regra tem sua exceção (e, se isso é uma regra, então também tem uma exceção?), queremos ser diferentes, não somos farinha do mesmo saco. Basta ver a confusão que pode dar quando se fala de estereótipos do tipo ’todo X é assim’. Não, não é. Eu sou diferente.
E, no entanto, generalizações são necessárias. Imagina, por exemplo, onde a Medicina estaria se os cientistas fincassem pé nas exceções? Medicamentos, diagnósticos, tratamentos, tudo isso existe porque o pessoal pode, em um dado momento e seguindo critérios rigorosos, generalizar. Experimentos, protocolos, testes, gráficos, estudos publicados, voilà, eis a generalização. Até alguém achar um furo na história e começar tudo de novo.

Mas o que eu acho mais divertido é o uso que nós, pobres mortais que não vivemos de gráficos e citações acadêmicas, fazemos disso tudo. Porque (generalizando, claro!) as pessoas costumam escolher generalizar ou não quando convém. Os estudos apontam para os males provocados pelo cigarro, mas fala isso pra um chaminé ambulante e ele vai te contar do avô que fumava cigarro sem filtro e morreu aos 98 anos. Porque caiu da escada. Os médicos podem listar os perigos que a obesidade e o sedentarismo trazem para o cerumano, mas você sempre vai encontrar um gordo pra te convencer de que ele não tem qualquer problema e goza de ótima saúde, e que a avó de 98 anos cozinhava na banha de porco e era super saudável. A lei diz que você não pode beber e dirigir, mas o bebum com a chave do carro na mão vai jurar e tentar te provar que está joínha pra voltar pra casa no volante. Nessas horas, porque convém, a gente quer mais é ser a exceção.

De repente, é só a gente querer e olha aí a generalização, frequentemente baseada em nada mais do que as nossas próprias impressões. Quem lê X é de direita/esquerda e vota em Fulano/Beltrano. Ateus/crentes são assim, homens (ou mulheres) são todos iguais, ah, você é desse jeito porque nasceu com Marte em Escorpião na primeira casa - seja lá o que isso signifique. Sem mais nem menos, passamos a ser do bando, ou queremos colocar todos aqueles diferentes de nós no mesmo balaio.

E o mais interessante é que, em geral, a gente nem percebe que está fazendo isso. O pêndulo pode ir de um lado pra outro, mas teimamos em acreditar que somos esse poço de coerência. O mundo balança de lá pra cá, mas nós não, nós seguimos firmes. Temos aquele monte de certezas, as incongruências estão nos outros. O cerumano é mesmo um bicho muito engraçado. Quer dizer, generalizando, né. Ou não.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

O amor...

O amor é total metamorfose
Onde tudo é sonho
Magia...

É o presságio de algo incrível, sem nomenclaturas
Mas que é benquisto
Sendo aguardado com a mais pura das ansiedades...

Num amor a beleza em tudo reside
Amar torna-se viver
Viver torna-se amar
Sendo necessário apenas um toque de marota paixão
Em sincronia para dois corações...

É o real estímulo
Que fortalece para as provações
Mesmo quando recobre com vaidades
Para, em seguida, recompensar por todo seu empenho...

Residindo sua completa sabedoria
No encontro de uma alma par
Resumindo-se à exaltação de virtudes
E compreensão verdadeira das falhas

Para que se complete o processo
Que se constitui, necessariamente, na linha da vida e da morte
Que separa um mero sonho da fantástica realidade
E que, por capricho, às vezes, os une
Cedendo às duas almas o néctar da nobre e intensa brisa de sedução

Lançando seu preço na escuridão
Que um poeta, sem pressa, o conhece
E nunca mais, por precaução, esquece...

Lágrima

Meu coração está tomado de saudades,
Não tenho sossego, longe de ti.
Minha mente esta longe
E meu espirito perambula em lembranças.

Quando acordo pela manhã
Seu rosto já está estampado em minha visão
Levanto-me e há um retrato em cima da mesinha
Nele encontro uma foto nossa
Era de um passeio que fizemos...

Estamos abraçados, sorrindo
Não consigo mais me lembrar do que...
Levanto o retrato até meus olhos
E o fito por alguns segundos,
Imagens ganham vida...

Nelas nós caminhamos abraçados pelas ruas
Você sorri e reflete a beleza de tao sublime amor,
Enquanto olha para trás, nao consigo ficar sem sorrir de volta...
De repente algo me trás de volta,

Escorre em meu rosto uma única lágrima.
Ao encostar-se em meus lábios,
Percebi que tão pequena gota,
Tinha gosto de enorme solidão.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Silêncio, escuridão e mais nada...

Esperei o silêncio se pronunciar,
as últimas notas musicais se apagarem,
as falas se amortecerem e aos poucos
se esvaírem pelos arrabaldes...

O assovio do vento foi se enfraquecendo
e o tempo ininterrupto ficou ali prostrado.
A última sombra saída dos patamares
no vácuo se escondeu perdendo-se pelos lugares...

A lua não se manifestou, e solidária,
se fez meia, fino anel de prata,
estrelas apagaram suas luzes
deixando o breu da noite ocultá-las...

Um uivo abafado por não ver a lua
aquietou-se na penumbra da rua...
Agora era silêncio, escuridão e mais nada.

Assim quis permanecer...
Início da madrugada...
Nenhum ruído a comprometer,
nenhuma luz a me acender
e eu ali calada...

Momento propício
para um diálogo destoado
em que o silêncio fala por si mesmo
e o pensamento, um eco lá de dentro...

É um choro convulsivo rebuscando a camuflagem,
é o encontro de dois eus discutindo seus disfarces...
O eu que sou, sufocando a espontaneidade,
o eu que não sou eu, dissimulando minha imagem.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Descompasso....

Não sei se foi destino ou sorte
Talvez uma simples brincadeira
Mas o que sinto agora
Nunca senti desta maneira

Asfixio a vontade por instantes!
Enfraqueço esta estima mediando
A consideração, somos amantes…
Nunca arrogante, pois vou-me calada!

E não é suficiente meu suspiro,
Pois em profundo não me é permitido,
E do racional eu me retiro
Para a condescendência em devido!
Es a meu garoto ideal
Posso grita-lo a cada segundo
Mas amor, contigo
Era capaz de derrubar o mundo

E por momentos o tudo é vazio…
O incontestável passa a contestado,
Só a tristeza, esqueço quando ri…
Nestas noites frias

É o desejo, aquele que me consome
Que me possui
Que se tornou num síndrome
Num amor distante que nos inclui

Amo-te, e não me canso de o dizer
Posso dize-lo uma, duas, as vezes que precisares
E digo também que es perfeito
Imperfeição perfeita neste olhar,
Escassez de ar ao me dar assovio
Para meu coração chamar seu sorriso, descompassar!

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Corrida Insana...

Da janela semi-aberta observo a vida
acelerada, apressada, incontida...
Em movimento cíclico
voltando sempre ao ponto de partida
pra de novo recomeçar...
sem saber onde chegar,
sem saber como parar,
onde parar...

Passos incertos conduzem as pessoas
num vaivém desnorteado, descompensado...
A incerteza do caminho as levam a perambular,
vontade insana de chegar...
Em desalinho procuram uma porta,
ansiedade é o que se vê em cada olhar,
entre tropeços e arremessos elas se trombam,
mas não importa,
sonham chegar em primeiro lugar...

Nessa corrida cega e obsessiva
regada à ambição desmedida
desprezam paisagens significativas,
o belo em cada canto contido,
as cores pintadas pela primavera,
flores que sempre estão a nossa espera...

Canções entoadas pelos rios,
a relva que seus pés acaricia,
mas seguem em frente sem se importar,
sem ver o pôr do sol, tampouco o amanhecer,
indo sempre em desencontro ao amor,
sem dar a ele o mínimo valor...

Queimam as etapas mais bonitas da vida
numa competição desgrenhada e descabida
sem tempo de parar e observar,
sem tempo de se render e absorver...
Sem nunca amenizar essa corrida,
sem perceber o real sentido da vida...

E você, já buscou o significado da sua?

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Por você...

Por você...

Eu faria qualquer loucura,
viajaria em grandes aventuras,
te levaria junto ao céu,
faria de suas palavras, meu mel.

Por você...
Eu navegaria, num barco
sem remo, para chegar ao
ao máximo estremo,
te mostrar o quanto te quero.

Por você...
Eu fugiria na calada da noite,
não levaria nada comigo
junto contigo,
conquisto tudo de novo.

Por você...
Atravessaria a nado o atlântico,
mergulharia fundo nos oceanos,
daria a volta ao mundo
pra te mostrar como te amo.

Por você...
Te daria todas as flores do mundo,
faria o maior jardim do mundo,
ousaria, na grama escrever seu nome,
para ser visto do céu.

Por você...
Eu gritaria sem medo de rejeição,
mostrar para as pessoas,
que você faz parte do meu coração,
seria grande minha teimosia,
para saudar você em minha poesia.
Faço de ti meu tema,
para expor nesse poema.

Por você...eu faria tudo de novo.
"Faço tudo por você"

terça-feira, 10 de agosto de 2010

O que eu quero te dizer!

Bom dia!

Estou na aula de Processo Civil, pra variar, cheguei atrasada e não consigo pensar em outra coisa senão esse pestinhaaaa do Johnny! Ontem à noite, li e re-li algumas (tudo bem... váriasss) vezes o que escreveu no blog e me segurei pra não falar... hehehe... Até tentei escrever uma carta descrevendo tudo o q sinto, mas, infelizmente não sabia sequer como começar a escrever, mas, em contrapartida, acabei criando este poema...

Te amo mtoooooo garoto! Vc é dono desse meu coraçãozinho!


Te prometo,
Assim será nosso tempo,
De sonhos eternos,
De lágrimas alegres,
De vozes caladas por infinitos beijos,
Um despertar de sentimentos,
Sobre ramos inquietos, entre folhas espalhadas,
Do arrebol ao silencio da madrugada,

Fluindo sobre ondas brancas,
Despertando com ânsia, ante os olhos,
Desejos, pele, tato, paladar, aromas

Nosso tempo,
De Amor,
De instinto,
De ritmos compassados,
De memórias, de vontades realizadas.


Quero viver este tempo contigo,
Para que eu possa olhar para as marcas,
Deixadas por tão nobres e belas batalhas,
Onde a derrota é sinônimo de vitória!

Momentos vividos que deixarão lembranças,
Quando a água correr o corpo,
Quando o perfume invadir a memória,
Quando tocarmos a esmo nossos lábios,
Quando o riso soar no vazio,
Quando olharmos a seda amarrotada,

Quando ao fechar os olhos, ouvirmos as palavras por vezes sussurradas,
Recordações de nosso tempo,
Da ânsia, da sede ti que jamais se extinguirá!
Momentos, por fim tatuados, no meu corpo, na minha memoria, na minha alma...!

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

LENTIDÃO DA TARDE...

Os dias, as horas, o sol fraco de inverno, tudo passa
e eu ansiosa por um sorriso seu
no meio deste turbilhão de palavras, que não são minhas
nem tuas, são do bosque exterior
de rosa branca, de um fulgor transparente
onde te encontrei.

Cumprimento quem não conheço,
refletindo na chuva a tua boca que quero beijar, mas
a respiração são águas onde me deito e sonho contigo.

Quem sou?

uma nuvem, um bálsamo,
no meio duma mudez absoluta e ardente,
a seiva, as lágrimas perdidas no vento, um regato,
uma sombra redonda que se perde no vento brando
na perfeição do sol que arde em soluços
atravessando a lentidão desta tarde tão fragil.

Nesta dança
de um corpo que procura um poema que sobrevive assim.
Deixarei tocar a valsa da vida
e sentir os teus passos dentro de mim.
Esta futilidade em que vejo o mundo e seus componentes
perturbam-me o gosto pelas palavras.

É uma luta pelo presente, sem ser o meu presente
quanto mais escrevo "emoção"
menos o mundo me entende.
Navego na solidão procurando as palavras para encontrar
a emoção, a liberdade, o AMOR e a paz...

Pudera...

Pudera eu escrever os versos mais singelos nesta manhã
Pudera eu dar-te o amor em mãos para que assim sentisse toda a razão que és
Pudera eu entrega-te o meu amor e por toda vida repousar em ti,em teus amores
Pudera eu traduzir o vazio da noite e as lágrimas da saudade pelo fato de que longe estás

Sinto que não poderia dar-te em todo o amor que tens em mim
Afinal as rosas não são tao belas nas mãos como em campos verdejantes
Afinal o cantar do pássaro livre não se compara ao do prisioneiro que canta a ausencia
Amo-te apenas...

Afinal a beleza do meu amor não seria tao perfeita se em mãos tivesse
Porque assim eu não precisava expressar-te,terias assim um amor palpavél
E tornaria vã todas as declarações que enlouquecido de amor consagro-te
Pudera eu entender o que diz teus olhos quando calas...

Pudera eu descobrir-te palmo a palmo como assim descreves este coraçao enamorado po ti
Pudera eu saber como me fazes tanto te amar...
Pudera eu amor
Pudera...

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Santa Insanidade!

Há muito mais em você
que eu possa ver...

Fecharei meus olhos,
fugirei de mim,
e por um instante
entrarei em você
pra respirar
o ar que passa pela sua boca.

- Estou fora de mim...

Livra-me dessa escuridão silenciosa...
Permita-me ouvir seus pensamentos
com a minha mente.

Deixa-me contemplar
a minha santa insanidade
com os seus olhos,
veja-se com os meus.

Deixa-me entrar no seu mar
e achar as pérolas negras
que você se esqueceu
de encontrar,
e devolvê-las a você,
com as suas próprias mãos.

Sinta-me nas suas veias,
enquanto eu deixo
você roubar uma doce memória
do meu sangue.

Prometo deixar o perfume
da minha passagem
nas flores que eu
beijar nas esquinas
da sua mente.

Voltando a mim,
à minha santa insanidade,
agora menos cega,
terei visto você...

Talvez eu volte a ser eu.

Talvez eu volte...

Terei me visto através dos seus olhos...

Há muito mais em mim
que você possa ver...

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Resposta à Química!

Corações respiram ares de paixão
Efeito droga... Como vicia!
Loucuras! Ausencia de Arrependimentos
Estou sendo consumida pelo seu pensamento

Tira o fôlego. Entontece...
O tema é paixão. E sem limites!
Paraíso, céu, luar, sonhos
Esse é o nosso mundo... Sem pressa.

Paixão: estado de graça!
Desvarios. Sentido da vida na sua vida
Loucura desejada... Ó Brisa refrescante
Sentimento fascinante ... Me abraça?!

Paixão sonhadora, ausência de paz
Cegueira, inquietude, euforia... Êxtase
Mistério que banha o olhar
Rendição do corpo... Do que essa fusão é capaz? 

Tsunami, vendaval, tornado
Voraz força da natureza
Naufrágio à deriva
Tentação, arrepios e pecado

E na paixão, uma viagem
Sem medo, descobrindo segredos
Pura chama ardendo
E na paixão, pode a vida estar vivendo?

Assim, Vou além de mim,
das minhas forças,
do meu pensamento
Nao tenho mais nada a temer,
Sigo um caminho sem fim...

Agora, meu destino é você
Quantas voltas essa vida pode dar?
Mas, com você não tenho medo...
Nao tenho medo de me perder!

Me conheci muito mais
Depois de te conhecer,
Nossa química perfeita,
na mistura de palavras...

Ó amor que nem a lógica interpreta...
Sutil loucura essa viagem?
Venha de all star preto...
E volte com meu coracao em sua bagagem!

sábado, 31 de julho de 2010

Decifra-me...




Não venha me falar de razão,
Não me cobre lógica,
Não me peça coerência,
Eu sou pura emoção.
Tenho razões e motivações próprias,
Sou movido por paixão,
Essa é minha religião e minha ciência.

Não meça meus sentimentos,
Nem tente compará-los a nada,
Deles sei eu,
Eu e meus fantasmas,
Eu e meus medos,
Eu e minha alma.
Sua incerteza me fere,
Mas não me mata.
Suas dúvidas me açoitam,
Mas não deixam cicatrizes.

Não me fale de nuvens,
Eu sou Sol e Lua,
Não conte as poças,
Eu sou mar,
Profundo, intenso, passional.
Não exija prazos e datas,
Eu sou eterno e atemporal.

Não imponha condições,
Eu sou absolutamente incondicional.
Não espere explicações,
Não as tenho, apenas aconteço,
Sem hora, local ou ordem.
Vivo em cada molécula,
Sou o todo e sou uno,
Você não me vê,
Mas me sente.

Estou tanto na sua solidão,
Quanto no meu sorriso.
Vive-se por mim,
Morre-se por mim,
Sobrevive-se sem mim.
Eu sou começo e fim,
E todo o meio.

Sou seu objetivo,
Sua razão que a razão
Ignora e desconhece.
Tenho milhões de definições,
Todas certas,
Todas imperfeitas,
Todas lógicas apenas
Em motivações pessoais,
Todas corretas,
Todas erradas.

Sou tudo,
Sem mim, tudo é nada.
Sou amanhecer,
Sou Fênix,
Renasço das cinzas,
Sei quando tenho que morrer,
Sei que sempre irei renascer.
Mudo protagonista,
Nunca a história.

Mudo de cenário,
Mas não de roteiro.
Sou música,
Ecôo, reverbero, sacudo.
Sou fogo,
Queimo, destruo, incinero.
Sou água,
Afogo, inundo, invado.
Sou tempo,
Sem medidas, sem marcações.
Sou clima,
Proporcional a minha fase.
Sou vento,
Arrasto, balanço, carrego.
Sou furacão,
Destruo, devasto, arraso.
Mas sou tijolo,
Construo, recomeço...


Sou cada estação,
No seu apogeu e glória.
Sou seu problema
E sua solução.
Sou seu veneno
E seu antídoto
Sou sua memória
E seu esquecimento.
Eu sou seu reino, seu altar
E seu trono.
Sou sua prisão,
Sou seu abandono e
Sou sua liberdade.
Sua luz,
Sua escuridão
E seu desejo de ambas,
Velo seu sono...

Poderia continuar me descrevendo
Mas já te dei uma idéia do que sou.
Muito prazer, tenho vários nomes,
Mas aqui, na sua terra,
Chamam-me de AMOR.

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Esta Impaciência...

Esta impaciência que me divide
esta melancolia que me entontece
este desejo pungente de estar um pouco em toda parte
esta incapacidade de aquietar-me
este sonho de ser depressa, antes da morte
de ser o que?
de concluir que destino longamente esperado,
entrevisto na bruma de dias não vividos,
no sonho de noites calmamente extintas?
- de ser estritamente o servidor adequado,
o mensageiro que entrega a mensagem no exato instante
o servidor que dá conta de seu trabalho no prazo certo
o que ouve o chamado e vai,
recebe as ordens e cumpre,
e dá todos os dias de seu tempo humano
para esse fim obscuro,
e está continuamente correndo por dentro de si,
em varandas, passadiços, subterrâneos,
apenas entrevendo em adeuses a estrela que ama,
o pássaro que o comove,
a extensão da terra iluminada, do mar imenso
por onde, entre suas tarefas,
suspiro, saudade, esperança, obediência, renuncia,
em pensamentos foge,
em pensamentos volta,
subitamente enfermo da culpa
de assim fugir,
de assim voltar.

terça-feira, 27 de julho de 2010

Ainda há tempo...

Ainda há tempo...

de realizar o que ainda não fiz,
atitudes certas ou erradas
que pra sempre fiquem marcadas
no livro da vida que hoje refiz...
Afinal, o que é certo e errado?
Em qual livro está registrado
que errei quando quis ser feliz,
que acertei no que ainda não fiz?

Ainda há tempo...

De andar na contra-mão do tempo,
de sorrir vendo a vida passar,
suavemente deixar-me levar
sem correntes, sem querer relutar...
De morder a maçã proibida
e sentir sensação esquisita,
guardar no que irá resultar...

Ainda há tempo...

De olhar violetas na janela,
ver o raio de sol bater nelas,
num “insight”suas cores enxergar...
E se porventura me decepcionar
numa rede deitar, balançar,
ver no céu estrelas a piscar
onde a lua me pede, atrevida,
que me apaixone de novo pela vida.

Ainda há tempo...

De me olhar no espelho, de frente,
desnudar a alma que a ele não mente,
dilacerar a dor, livrar-me de qualquer dilema,
ser poeta, escrever um poema
onde os versos só falem do amor
que mantive guardado em meu peito
e que já não dá mais pra calar...

Ainda há tempo...

De viver novo tempo de paz
no agora que está em minhas mãos...
Amanhã, talvez,
seja tarde demais.

Inspiraçao...

Espero serenamente fluir-me a inspiração...
Então navego, trafego pra onde quero ir...
Pra onde me lança o mais etéreo pensamento,
bem longe, onde ninguém possa alcançar
onde nunca a asa da imaginação irá pousar.

Transito entre versos que escrevo...
Eles me levam pra onde bem almejo...
Pé ante pé, correndo, a flutuar
quando irrompe em minh’alma o vazio
e feito nuvem carregada, transbordar sentimentos.

Só a inspiração me livra desse gerúndio infindo
que tende a eternizar as ações do dia a dia,
cotidiano insano a se infiltrar em meu espírito
que a divagar vagueia espalhando poesia,
concretizando em versos o inverso da utopia.

terça-feira, 20 de julho de 2010

Homenagem ao dia do Amigo!

Os verdadeiros amigos são as poesias da vida
Eles enchem nossos dias de cores, rimas, e
nos seguram as mãos quando o caminhar
parece difícil.

Eles nos mostram que mesmo em dias
nublados o sol está no mesmo lugar!

E nos ensinam que a chuva pode ser
uma canção de ninar,
Nas noites frias, solitárias, e vazias.

A vocês meus amigos.
Desejo que...
Os raios do sol inundem a tua vida
e encham teu dia de alegria!

Que teu sol interior seja perene
mesmo que esteja chovendo.

Que o amor te mantenha aquecido,
mesmo que esteja frio.

Que teu jardim do coração esteja
sempre florido, mesmo que seja
inverno ou que esteja nevando.

Que o anoitecer abra a sua cortina
coum bailado de lindas estrelas
mesmo que não haja lua
e o céu esteja sombrio.

Que Deus esteja ao teu lado e
retire todas as pedras que
estejam no teu caminho.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Divagando e Teclando!

Eu não estava nos planos dele, Ele também não estava nos meus, mas enfim...aconteceu!"

Uma história intrigante, provavelmente muitos já viveram esse instante...mas eu vou tentar contar...

Foi via internet... que cofre de surpresas, que local estranho que nos faz colocar todos os segredos sobre a mesa...

E a gente pensa, acha, tem certeza, que foi aquela pessoa em especial que conseguiu a chave dos nossos mistérios, que atravessou sem esforços nosso rio de dúvidas, que invadiu nosso calabouço de conflitos e os desfez de uma só vez.

Tantos enganos... somos todos iguais, não existe essa quantidade de pessoas especiais.

Mas toda hora, todo dia, alguém em frente a um computador encontra o seu grande amor.

E então me pergunto, por que na vida real isso não acontece igual?

Mas pensando bem, descobri que por detrás de tudo isso existe uma simples explicação:

No dia a dia, as pessoas não se confiam, não se procuram, não se aceitam e não suportam os defeitos. Via internet tudo ficou mais fácil, eu lhe conto meus problemas e você quer ouví-los;

Eu lhe peço soluções e você se apressa em dá-las;

Se eu preciso de um carinho, você jamais me abandona sozinho;

Se suplico por um afago, você inevitavelmente se coloca do meu lado;

Se eu estou em desatino, você nunca me atropela, sempre tenta me acalmar e se põe eternamente a me esperar.

No virtual tudo é tão fácil, rápido e sem problemas, aqui não existem fronteiras, nada que se diga é visto como besteira.

Mulheres não tem dores de cabeça;

Homens não chegam do trabalho cansados;

Mulheres sempre são parceiras;

Homens estão sempre animados;

Defeitos não se encontram em nenhum dos dois;

Todos somos feitos de sonhos, é, sonhos, aquela coisinha insignificante que atualmente anda tão distante , que se julgava não existir mais no ser humano.

Engano! Nós, embora muitas vezes negando, ainda vivemos por aí divagando.

A idade não importa, adolescentes se fazem adultos, idosos se transformam em crianças, jovens fazem brotar aquele sentimento do qual são os maiores donos, o amor.

A sedução que até então estava tão dilacerada na vida real, aqui no virtual tomou um novo rumo.

Voltou-se finalmente a seduzir com palavras, com doces "cantadas", fomos enfim obrigados a criar frases bem elaboradas e saber colocá-las na hora certa, no momento exato, caso contrário tudo acaba em fracasso.

No virtual, a arma de todos é igual. Não importa se você é bonita ou se é esquisita, não faz mal se ele é genioso e teimoso.

Atrás de um computador, some qualquer dor, os problemas insolúveis da vida real nem precisam ser contados, podem ser escondidos e descartados.

Ela nem precisa saber que você é casado, assim como você também não irá descobrir que ela já passou dos quarenta e no entanto inventa que acabou de fazer vinte e seis, o que é perfeito pra vocês.

Aí acontece de alguém querer uma foto do outro, escolhe-se os melhores ângulos para tirá-la ou pode até ser uma foto do passado, daquelas que estão no armário trancado.

Mas será que ao fim de tudo somos mesmo aquilo que passamos? Ou será que só lidamos com um amontoado de sonhos?

Será que temos aquele rosto? Ainda é aquele mesmo cabelo? O corpo ainda tem o mesmo relevo e o mesmo cheiro?

Será que aquela simpatia toda é verdadeira ou obra do virtual? Será que o mundo que expusemos é real?

Criam-se personagens a todo instante... gente séria, gente alegre, gente competente, inteligente, gente amiga e influente. Gente dominadora, gente meiga, e gente traiçoeira.

Mas com tudo isso o amor vai acontecendo desnorteado dentro dos corações, se iludindo com meras palavras, atravessando difíceis estradas.

E então chegam os entendidos em internet, aqueles que jamais colocaram seus dedinhos a teclar e começam a nos julgar: Internet? Só tem gente carente, gente inconseqüente...

Humm, e quem disse que os carentes só vivem por aqui? Eles estão em toda parte, foi uma raça que se alastrou, dominou o mundo.

Somos todos, unidos ou perdidos, muitos ou poucos, invisíveis ou aparentes... mas carentes.... Carentes de amor, de amizades, de mão amiga, de olhar afetuoso, de um sorriso gostoso, de um bom dia com alegria.

No virtual ou no real, tudo se faz igual, a única diferença é que aqui... temos tempo... tempo pra descobrir as pessoas, tempo pra enganá-las, tempo pra seduzi-las e depois deixá-las, tempo até pra perdoá-las.

Aqui temos tempo pra sofrer, chorar e nos arrepender, enquanto que no real a nossa rotina é sempre igual, dominou nosso coração e nos jogou na solidão, nos impedindo de ter tempo para um bom tempo, nos jogando de frente com os problemas e não dando tempo pra ninguém nos ouvir.

No real não temos nem mais tempo pra nos iludir... e a ilusão embora nos traga muita decepção é necessária, é pertinente e acaba por ser solidária à nossa solidão e à nossa emoção.

Então... vamos sonhar... se ele ou ela não aparecer, também não vamos sofrer, apenas continuemos a viver, unidos ou separados, no virtual ou no real, mergulhados nas emoções, envoltos nas ilusões... e que a internet consiga trazer soluções, e quem sabe resolver as minhas, as suas, as nossas ... questões!!!

Ih, me desculpem, me perdi no devaneio e sai do meu roteiro. Afinal vim aqui pra contar de um certo amor não foi? Um amor que começou via internet....

Bem, fica pra uma outra vez, só posso adiantar mesmo o que disse no início, que ambos não estavam um nos planos do outro... e ainda assim é incrível, indescritível... rezo todos os dias para nao acabar... uma tempestade ... de corações... de sensações... de amores ... de brincadeiras... e de confusoes....

(mas olha, ela sonha todas as noites com ele)

Afinidade

Não é o mais brilhante,
mas é o mais sútil,
delicado e penetrante dos sentimentos.
Não importa o tempo, a ausência,
os adiantamentos, a distância, as impossibilidades.
Quando há AFINIDADE,
qualquer reencontro retoma a relação,
o diálogo, a conversa,
o afeto, no exato ponto
de onde foi interrompido.

AFINIDADE é não haver
tempo mediante a vida.
É a vitória do adivinhado sobre o real,
do subjetivo sobre o objetivo,
do permanente sobre o passageiro,
do básico sobre o superficial.

Ter AFINIDADE é muito raro,
mas quando ela existe,
não precisa de códigos
verbais para se manifestar.
Ela existia antes do conhecimento,
irradia durante e permanece depois que as
pessoas deixam de estar juntas.

AFINIDADE é ficar longe,
pensando parecido a
respeito dos mesmos fatos que
impressionam, comovem, sensibilizam.

AFINIDADE é receber o que vem
de dentro com uma aceitação
anterior ao entendimento.

AFINIDADE é sentir com...
Nem sentir contra, sem sentir para...
Sentir com e não ter necessidade de
explicação do que está sentindo.
É olhar e perceber.

AFINIDADE é um sentimento singular,
discreto e independente.
Pode existir a quilômetros de distância,
mas é adivinhado na maneira de falar,
de escrever, de andar, de respirar.....

AFINIDADE é retomar a relação
no tempo em que parou.
Porque ele (tempo) e
ela (separação) nunca existiram.
Foi apenas a oportunidade dada (tirada)
pelo tempo para que a maturação
pudesse ocorrer e que cada
pessoa pudesse ser cada vez mais.

Blackmore's Night - Ghost of a Rose



Minha música! hehehe... Remember me...

"Promise me , when you see, a white rose you'll think of me
I love you so,
Never let go,
I will be your ghost of a rose..."

sábado, 10 de julho de 2010

LIBERDADE... AINDA QUE TARDIA!

Se a paz tão desejada está morrendo,
De temor minha alma se toma.
Por todos os lados tantos vejo chorando,
Se não há paz, extingue da liberdade a chama.

No fervor das minhas emoções
Meus sonhos se põem em alvoroço,
Neles eu tenho estranhas visões,
Neles eu sofro neles eu padeço.

A roda da vida gira sem parar,
Ela é feita de bons e maus momentos,
Instantes de rir, outros de chorar,
Rir de alegria, chorar de sofrimento.

Tu eras a minha paz, meu bem-querer,
Mas te foste e minha vida ficou vazia.
A partir daí, não tive mais alvorecer,
Só ficou uma tenebrosa noite e muita agonia

Ausência coisa que eu nunca havia sentido,
Eu sei agora, quão dolorida se faz,
Por não ver em teus olhos refletidos
O sorriso em meu rosto, expressão da minha paz.

Entre nós ficou um imenso vazio,
Mais não cabe nele, toda minha saudade.
Não há calor que me aqueça o frio
Que deixaste se por cruel nocao falsa de liberdade.

As alegrias que eram minhas de direito,
Tu as esmagaste sob teus pés
E o coração que bate em meu peito,
Tornou-se escravo do lado ruim que és.

Faltou-me a paz, acabou-se minha liberdade!
Foi exatamente assim que eu pensei,
Entretanto em um lampejo de dignidade,
Rompi grilhões e do passado me libertei.

“Libertas quae sera tamen”

terça-feira, 6 de julho de 2010

Comprimidos...


O quarto é escuro e bolorento...


T está encostado junto a um sofá roto, deitado no chão a segurar uma folha de jornal rasgada... olha para a janela suja e fria, por onde a luz dos candeeiros cria sombras fugazes...levanta-se, vagarosamente e fecha a cortina rasgada...um pouco de claridade da lua ainda entra no quarto, iluminando uma pequena mesa com um telefone...

T senta-se,pesado, no sofá e pega no telefone...marca, lentamente, um número...


T: Tou...sou eu...queria ouvir a tua voz...

...

T: Eu sei...estou bem...não, não me esqueço de tomar os comprimidos...

...

T: Sinto-me só...tenho saudades tuas...quando chegas?

...

T: Não, não me esqueço de tomar os compridos...gosto de ouvir a tua voz de mel...

...

T: Sinto a falta do teu toque de veludo...queria tanto que estivesses aqui...

...

T: Queria que me afagasses o cabelo...passasses os dedos longos pelo meu rosto aspero...

...

T: Porque que demoras tanto? Não vens?

...

T: Não...não me esqueço dos comprimidos...trazes os miudos?

...

T: Gosto do barulho que fazem, da alegria que dão...

...

T: Olha, precisamos de falar mais...preciso de conselhos, da tua sabedoria...as pessoas, os idiotas, magoam-me, ferem-me, arranham-me...

...

T: É, dizem-me coisas impossíveis, só para serem más...queriam fazer-me mal...querem que seja infeliz...

...

T: Não, não me esqueço do tomar os comprimidos...as pessoas queriam que eu tomasse mais, mas eu não tomo...más...estúpidas...todas sem um pingo de amor...invejosas...

...

T: São estúpidas... não sei...quando vens para tomar conta de mim?

...

T: Preciso tanto de ti...do teu sorriso de cristal...não vens?

...

T: Sabes aquela foto tua na neve? Perdi-a...queimei-a...queimei todas...por causa das pessoas más e das coisas ignorantes e sem sentido que dizem...Teve de ser...não fiques chateada...anda...vem...

...

T: Mas tenho a tua foto e a dos miúdos aqui na minha mão...mas queria-vos aqui...a foto não chega...

...

T: Fotos também são ilusões...o teu toque é real...anda...anda ter comigo...acaba com a minha solidão...

...

T: Não, não me esqueço de tomar os comprimidos...estou cansado...espero por ti deitado, pode ser?

...

T: Fome...fome só de ti e do teu toque..anda...estou cansado...anda...

...

T: Volta para mim, meu amor...

T deixa cair o telefone e levanta-se, sonolento, embriagado, tosco, comatoso...caem os compridos ao chão e espalham-se pelo tapete sujo e poeirento...

T recolhe-se numa manta junto ao chão e adormece... da mão cai-lhe um recorte de jornal rasgado, com uma foto de uma rapariga e de duas crianças...o titulo, iluminado pelo luar..."Jovem e dois filhos morrem em trágico acidente de viação"...

O telefone, fora do descanso, repete, vez após vez... "após o sinal...serão duas horas e quarenta e três minutos...beep, beep...

(Autor Desconhecido)

Carrossel

Encontrei essas versos em um antigo caderno, aqui no meu escritório.
Que momento sublime, estrou transcreveendo-os bebendo vinho e ouvindo Pink floyd...




E não é um carrossel cheio de bichinhos felizes
Como nos diziam que seria em nossa infância
Isso mesmo…
É mais aquele carrossel de um parque decadente
Cheio de espelhos empoeirados
Luzes que falham
E a música surreal
E eis que ele gira na mesma direção
E não te permite voltar atrás
E consertar o momento em que você errou


É sempre em frente…
Mesmo que em frente seja igual ao que ficou para trás


E sempre tem alguém do lado de fora
Assistindo parado
Para quem você deve sorrir e fingir que está tudo bem..


E essa pessoa do lado de fora
Sorri de volta
Mesmo fingindo que não sente falta do tempo
Em que ela podia andar no carrossel


E as duas verdades iguais, porém distantes
Nunca se encontram
Mas, se esgotam tentando se descobrir


Duas verdades igualmente iludidas
Uma atordoada pelo rodopio
E a outra deslumbrada pelo esquecimento de quem já não sai mais do lugar


Aquela que assiste conhece a próxima volta
Aquela que gira, espera pelo fim…
O último sinal
E não sabe ao certo se é este o fim
Ou um novo começo
Rumo ao incerto…


“mais uma volta no carrossel”

Andrew Bird



Gosto maneira simples e ao mesmo tempo complexa da música deste rapaz (Andrew Bird).
É uma espécie de filigrana, uma seda finamente tecida, a que se vão acrescentando camadas.
E mais. E mais. E de repente tudo se destroi, e começa de novo.
O instrumento é usado no máximo da sua potencialidade, ora alegre e saltitante, ora triste e melancólico. A voz. O assobio.

Tudo encaixa na perfeição ! Muito bom.

domingo, 4 de julho de 2010

Vamos economizar, aproveitem o vôo...

Viu como o mais importante é o futebol mostrado?
Um fechou tudo e agiu com disciplina total.
Outro, fumou charuto à beira do campo, liberou churrasco e algum sexo.
No futebol, o estilo adotado pelo chefe não tem grande peso.
Vale mesmo é a bola. E a Jabulani foi madrasta ou não, para todos até agora…
Mas a bola aqui é futebol jogado.
Tem futebol? Então continua. Não tem? Volta pra casa.
Já que o fraco futebol do Brasil estragou o sonho dos esperançosos e a apresentação da Argentina revelou que só milonga não resolve, ambas poderiam, pelo menos, pensar em custos.
Evitar o consumo desnecessário de combustível e todos os malefícios que ele provoca.
Poderiam usar o mesmo avião. Um só avião. Abaixo despesas malucas e irresponsáveis.
E todo mundo sabe que os dirigentes brasileiros e argentinos cuidam muito bem dos cofres de suas entidades.
Com escalas no Rio, São Paulo, Porto Alegre e Buenos Aires. É caminho. É racional.
À bordo, os treinadores poderiam trocar experiências. Já imaginaram?
Os jogadores falariam, apesar da derrota, das atuais “duas melhores escolas de futebol do mundo”.
Os dirigentes teriam tempo para afirmar que mesmo derrotados, o futebol brasileiro e argentino continuam tirando o sono dos adversários.
E isso pode ser visto claramente, os adversários de Brasil e Argentina estão sem dormir até agora.
O mundo do futebol tem tremedeira quando sabe que terá pela frente essas potências inabaláveis.
Claro, eu não seria aceito neste avião repleto de astros, mas tenho quase certeza que muita gente lá dentro diria que tudo foi feito certinho.
Cada lado fez o melhor possível. Ninguém faria mais ou melhor.
“Se depender de mim - diria um dos nossos - vou fazer tudo igual para 2014″.
“Estava pensando a mesma coisa - concordaria um deles - vamos repetir tudo na próxima copa”.
E ao mesmo tempo, os dois falariam: “nada de ouvir críticas e alertas dessa imprensa golpista”.
Apertem os cintos.

terça-feira, 29 de junho de 2010

O poema das fadas

Era capaz de te dar o mundo...

se ao menos isso tivesse eu.

Ia busca-lo la ao fundo,

Só pra teres o que é meu.

Rezei a noite pela tua vinda,

Mas a fada nao me ouviu.

Não vejo pessoa mais linda,

que o principe que me surgiu.

Quem é,perguntas tu,meu amor

E eu escondo nas paredes de um castelo...

Não posso dizer te por terror!

Que nao me deixem mais vê-lo.

E assim é a minha história

de conto de fadas impossivel

Ficará sempre na memoria...

Pois sinto em mim uma força incrivel,

a cada vez que te aproximas,

a cada vez que a mim mimas,

a cada vez que te beijo,

É mais forte o desejo

De te ter só pra mim,

até que a história tenha fim.

De onde vem esta magia?

Pergunto-te eu minha alegria,

que vives nos olhos de um rapaz.

Pudesse eu só livrar te de coisas más..

Por ti eu mudaria.

Não me trates de maneira fria,

És o que faltava no meu espaço vazio,

àquela que sem talento nem brio

vive á espera das horas em que apareces...

Pois meu coraçao nao arrefeces

e por muito que tente nao consigo...

olhar te apenas e só como um amigo.

Desculpa se isto te magoa,

a amizade é uma coisa tao boa..

Mas o que sinto é mais escuro que cor-de-rosa,

não tem lá muito de formosa

mas é o melhor que te posso dar:

a minha sinceridade...

e já que não te posso amar,

ao menos sabes que tens mais..que a minha amizade.

Parte de Mim...

Que a distância que se formou entre nós

Não seja morte premedidata

De todos os sonhos que vivemos

Dormindo ou acordados

Porque uma parte de mim é sonho

E a outra parte realidade

Que a tua voz vibrante e melodiosa

Seja mais forte que este silêncio

E que meus lábios possa dizer Te Amo

Mesmo em minha constante ausência

Porque uma parte de mim é meu grito

E a outra parte é silêncio

Que minha face mostrada em video

Nunca gere esquecimento

Que possa ser vista e lembrada

Muito mais que um momento

Porque uma parte de mim foi filmada

E a outra parte a ti está reservada

Que a tua vontade de me encontrar

Não se deixe vencer por minhas palavras de adeus

E por mais que elas tenham sido convincentes

Não deixe que prevaleça em tua mente

Porque uma parte de mim foi partida

Onde outra parte aguarda tua chegada

Que o medo da desilusão não o afaste

Que a esperança perpetue em tua face

Que possa lembrar de mim com um sorriso

Muito mais que eu possa dá-lo

Que possa sentir meu carinho

Mesmo sem que possa tocá-lo

Para que uma parte de mim seja presente

Que viveu em teu passado.

Mas que este passado vire abrigo

Onde habita a saudade

Para que um dia possamos ser

Muito mais que casualidade

E que em meu habitat de sonho

Você possa viver de verdade

E neste teu mundo diferente

Eu consiga viver derepente

Que o som da natureza te aplauda mais alto

Que todos os sons que já ouviste do palco

Porque se uma parte de você é canção

E a outra parte sou eu

Uma parte de mim é você

E a outra parte é você também.

Porque uma parte de mim é amor

E a outra parte também.
 
 
Poema inspirado na canção "Metade" de Oswaldo Montenegro.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Devaneios...

Eu queria passear no mundo

num vôo mágico de esperança

encontrar minha auréola perdida

que o vento carregou nem sei pra onde.

Eu queria retocar meus próprios passos

de pés tortos e caminho incerto

buscar ao longe uma ilusão que exista

que vá além do sonho de se refazer.

Ah, como eu queria reviver!...

Emprestar de uma estrela distraída

o brilho que lhe sobra e me cobrir

e quem sabe finalmente nesse dia

em vez de recordar, viver!

Era tudo que eu queria...

Ter a mão da vida em minhas mãos

e poder escrever por linhas tortas

com letras tortas também...

Trazer o céu mais para perto de mim

recostar de leve a cabeça numa nuvem

e sonhar... sonhar... sonhar...

Depois levar meu sonho para o mar

jogar nas ondas e vê-lo flutuar

até que o horizonte o engolisse

ou antes disso eu pudesse realizá-lo.

terça-feira, 22 de junho de 2010

Vai...

Esconde tudo...

Leva o meu cheiro para casa e esconde-o dentro de uma gaveta...

Não deixes que ninguém saiba que te quero e te desejo...

Não deixes que te falem de mim...

Não oiças o que os outros te dizem, eles não estão no meio de nós, ninguém está no meio de nós...

Só nós é que estamos aqui, a vida que vivemos é a nossa vida e não a que os outros querem que seja...

Vive cada minuto intensamente e no maior segredo...

Faz como aquele poeta que só deixou que as suas palavras fossem lidas depois de morrer, para que ninguém o julgasse ou pudesse apontar-lhe o dedo....

Guarda-me bem...

Perto de ti, sempre perto...

Mesmo que eu não te veja ou tu não me fales, estarei ali, junto de ti, como Vénus sempre atrás da lua quando o dia cai e a noite se levanta...

Silenciosa...

Altiva...

Celeste e discreta...

Deixa-me ficar ai, ai ninguém me vê, estou protegida pela discrição da noite, pelo silêncio dos pássaros que já dormem e não nos podem denunciar...

Serei uma sombra, um suspiro, um sorriso, uma festa no teu cabelo.

E a minha presença, certa e segura junto ao teu coração, vai-te trazer de volta os sons das nossas conversas...

A temperatura das nossas mãos entrelaçadas uma na outra...

O sabor da minha boca na tua...

O meu olhar dentro do teu como se nunca tivesse partido, como se nunca mais precisasses de voltar a essa estúpida rotina que nos rege os dias e as noites, e nunca mais te sentirás uma pessoa normal, igual às outras, porque é agora que podes ser dono da tua vida e do teu coração, é agora que tudo pode acontecer de outra forma e a vida se transformar em algo que sempre sonhaste!

quarta-feira, 2 de junho de 2010

ROSA DE HIROCHIMA

Vinicius de Moraes

Composição: João Apolinário / Gerson Conrradi
 
Pensem nas crianças
Mudas telepáticas
Pensem nas meninas
Cegas inexatas
Pensem nas mulheres
Rotas alteradas
Pensem nas feridas
Como rosas cálidas
Mas, oh, não se esqueçam
Da rosa da rosa
Da rosa de Hiroshima
A rosa hereditária
A rosa radioativa
Estúpida e inválida
A rosa com cirrose
A anti-rosa atômica
Sem cor sem perfume
Sem rosa, sem nada

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Perdoar...

 O perdão é uma linha tênue que existe entre dois extremos:
a vontade de se vingar e a arte de superar-se.
A superação torna você um vencedor na virtude.
O Pai-Nosso, a oração mais proferida todos os dias, diz:
"Perdoai as nossas ofensas, assim como perdoamos aqueles que nos tem ofendido".
O perdão beneficia mais a nós mesmos do que ao outro que nos ofendeu.
Ou seja, é um processo mais interno que externo.
É compreender que você é responsável por sua percepção e aceitação da vida.
Quando perdoamos, não significa que estamos "deixando para lá" o que ocorreu.
A principal lição que aprendemos é que não cometeremos o mesmo erro com o "nosso próximo".
O primeiro passo é decidir quando perdoar. Sei que não é fácil, pois significa aceitar o comportamento abusivo do outro. Mas, evite colocar-se no papel de vítima.
Perdoar faz com que a vida mude para melhor; simboliza libertar-se; "morrer" para uma determinada situação e "renascer" para outra.
É retirar do dia-a-dia um sentimento ruim e acreditar que a felicidade existe.
A raiva é o veneno e o perdão o antídoto.
Quem se perde na raiva, na vergonha ou na culpa, torna-se um prisioneiro desvitalizado.
Guardar ressentimentos significa que você é incapaz de superar o que aconteceu.
Quando alguém diz: "não vou perdoar", implica na ilusão de crer que é perfeito e poderoso, denotando a falta de solidariedade.
Perdoar é aprender a amar e também aceitar os defeitos dos outros.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Momento Manguaça Cultural

Aproveitando ao fato de estar tomando uma capirinha de cachaça...

Antigamente, no Brasil, para se ter melado, os escravos colocavam o caldo da cana-de-açúcar em um tacho e levavam ao fogo.
Não podiam parar de mexer até que uma consistência cremosa surgisse.
Porém um dia, cansados de tanto mexer e com serviços ainda por terminar, os escravos simplesmente pararam e o melado desandou.
O que fazer agora?
A saída que encontraram foi guardar o melado longe das vistas do feitor.
No dia seguinte, encontraram o melado azedo fermentado.
Não pensaram duas vezes e misturaram o tal melado azedo com o novo e levaram os dois ao fogo.
Resultado: o 'azedo' do melado antigo era álcool que aos poucos foi evaporando e formou no teto do engenho umas goteiras que pingavam constantemente.
Era a cachaça já formada que pingava. Daí o nome 'PINGA'.
Quando a pinga batia nas suas costas marcadas com as chibatadas dos feitores ardia muito, por isso deram o nome de 'ÁGUA-ARDENTE'
Caindo em seus rostos escorrendo até a boca, os escravos perceberam que, com a tal goteira, ficavam alegres e com vontade de dançar.
E sempre que queriam ficar alegres repetiam o processo.
 
 (História contada no Museu do Homem do Nordeste).

Conclusão: Não basta somente beber, tem que conhecer!