segunda-feira, 29 de junho de 2015

Julgamentos


Não me considero alguém capaz de julgar quem quer que seja. Em alguns anos de vida, já pude compreender que apontar nossos dedos e unhas cheias de bactérias para o outro não nos isentará de padecer do mesmo mal.


Mas o fato de não me concluir capacitada não significa, EM ABSOLUTO, que seja alguém omissa e incompetente para rabiscar observações sobre aqueles a quem chamamos de racionais.


A indignidade é algo que se apresenta das mais variadas formas, por inúmeros motivos. Coitados de nós se perdermos a capacidade de nos insubordinarmos diante de devaneios de toda espécie. E é por este motivo que não entra em minha cabeça a possibilidade de concordar com “direito de expressão” fundamentado em falta de educação. A grosseria virou prerrogativa de reivindicação. E onde é que está escrito que grosseria gera gentileza? Que grosseria gera compreensão?


Ideias estapafúrdias de gente que pensa raso ainda me provocam inconformismo. Escuto bastante, de vários afins, que ignorar aquilo que não nos acrescenta ainda é a opção mais sensata. Quisera eu alcançar este patamar de desconhecimento… Não consigo!!!


Embora certas colocações não me aflijam diretamente, topar com o grau de ensinamento de tantos mortais, dispostos a analisar apenas uma vertente de fatos, corriqueiros, cotidianos… que eu classificaria como banal diante da complexidade de tantas outras coisas… me embrulha o estômago!


Às vezes, tento colaborar, compartilhar uma reflexão, tento enxergar com outros olhos e, ainda que não seja fácil pra mim, tenho experimentado colocar-me na posição alheia, buscando dotar-me de alguma imparcialidade…e nem assim assimilo a motivação de quem defende “ponto de vista” como se buscasse a salvação para a sua existência.


Certa estou de que em muito o ser humano colaborará para o meu entendimento (ou a minha completa confusão) sobre os motivos que inquietam as relações entre as pessoas. Curiosa estou por entender mais e mais sobre o que aproxima, o que distancia, o que provoca, o que acomoda…


E enquanto esta concepção se constrói, sigo embrulhando estômago e regurgitando aquilo que está sobrando em mim.

terça-feira, 16 de junho de 2015

Fome!

Senhores, tenho fome, diz a moça à sociedade:
 
Fome de afeto. De amor. De carinho. De abraço. Fome de verdades. De beijo. De cumplicidade. Fome de união. De partilha. De colocar-se no lugar do outro.
 
Fome de histórias para contar, de sonhos para sonhar e um punhado de aventuras para compartilhar. Fome de ser criança. De alimentar as boas emoções.
 
Fome de ser gente.
 
Gente de verdade...