terça-feira, 27 de julho de 2010

Ainda há tempo...

Ainda há tempo...

de realizar o que ainda não fiz,
atitudes certas ou erradas
que pra sempre fiquem marcadas
no livro da vida que hoje refiz...
Afinal, o que é certo e errado?
Em qual livro está registrado
que errei quando quis ser feliz,
que acertei no que ainda não fiz?

Ainda há tempo...

De andar na contra-mão do tempo,
de sorrir vendo a vida passar,
suavemente deixar-me levar
sem correntes, sem querer relutar...
De morder a maçã proibida
e sentir sensação esquisita,
guardar no que irá resultar...

Ainda há tempo...

De olhar violetas na janela,
ver o raio de sol bater nelas,
num “insight”suas cores enxergar...
E se porventura me decepcionar
numa rede deitar, balançar,
ver no céu estrelas a piscar
onde a lua me pede, atrevida,
que me apaixone de novo pela vida.

Ainda há tempo...

De me olhar no espelho, de frente,
desnudar a alma que a ele não mente,
dilacerar a dor, livrar-me de qualquer dilema,
ser poeta, escrever um poema
onde os versos só falem do amor
que mantive guardado em meu peito
e que já não dá mais pra calar...

Ainda há tempo...

De viver novo tempo de paz
no agora que está em minhas mãos...
Amanhã, talvez,
seja tarde demais.

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