sábado, 27 de agosto de 2011

Aceite, vivemos em um mundo feito de polaridades!


É inevitável acordar com cara de maracujá amassado de vez em quando. É inevitável ficar gripado, com o nariz assado, mais parecendo um tomate rachado. É inevitável se sentir ridículo ao sofrer por amor vez ou outra na vida. Aceite, faz parte de nossa experiência enquanto seres humanos. Por aqui amor e medo andam de mãos dadas, bem como o prazer e o desprazer, a beleza e a feiúra, a alegria e a tristeza. Não há como escapar. Não há como ser alegre, saudável e belo e feliz 100% do tempo.

Desista!

O problema é que algumas pessoas simplesmente não desistem. Fingem que as coisas podem ser diferentes e andam pela vida em busca de uma galinha dourada que muge como uma vaca, anda de patins e escreve textos filosóficos em suas horas vagas!!! Querem acordar belos e radiantes, como acontece nas telas de cinema. Querem vidas impecáveis, como lençóis de linho branco que acabaram de ser passados a vapor (com cheirinho de baunilha, é claro!). Querem o amor imaculado que emana luzes douradas de uma perfeição divina.

Acredite no que vou lhe dizer. Essas são as pessoas que sofrem mais. Por mais que suas vidas tenham lá o seu charme, acham que nunca é o suficiente, que deveriam estar vivendo outra coisa ou estar em outro lugar, talvez com outro alguém. Pensam que uma vida feliz deve ser cinematográfica, com direito a “flashes” e pedidos de autógrafos. E assim, descartam sem perceber a única possibilidade de felicidade, que se encontrava lá, meio amassada, como um papel de bala, acomodada bem nas palmas de suas mãos.

Hoje eu acordei com os olhos inchados, parece até que levei um soco embaixo de cada olho. O gosto na boca é pior ainda, uma mistura de borra de café , boldo e óleo de rícino de bacalhau. Meu cabelo parece um ninho de urubús infestado de cupins e para ajudar não tinha água em casa, sei lá eu por quê.
Olho no espelho, e sei que tenho duas opções (viva a dualidade!). Posso chorar, ou posso rir. Tenho preferido rir.

Antes que eu seja mal interpretada, tenho algo a esclarecer… Eu sei o quanto é importante entrarmos em contato com as profundezas da alma humana, com a intensidade da dor, com a verdade do que se passa dentro de nós. Sou psicóloga, lembram? Não tenho como evitar tudo isso. Penso que faz parte de uma existência significativa visitar com certa freqüência o nosso mundo interno, esse lugar sagrado cravado no coração de uma floresta inexplorada. Mas esse lugar existe para ser “visitado”, para nos oferecer suas bençãos. Não foi feito para ser habitado o tempo todo, pelo menos neste planeta.

Precisamos aprender a mergulhar em nossa profundidade, resgatar de lá os nossos tesouros, na forma de sentimentos, colares de lágrimas talvez, e depois nos erguermos, leves e alados, sobre a copa das árvores, celebrando as nossas conquistas com um vôo pleno de alegria. Precisamos aprender a fazer uma dança entre o que se passa dentro e fora de nós. Mergulhar e respirar. Sorrir e chorar. Aprofundar e levitar.

Onde mesmo eu estava?

- Ah… Tenho preferido rir…

Eu sei que você muitas vezes encontra coisas difíceis quando mergulha em suas profundezas. Mas hoje quero lhe dizer que você deveria tentar, rir mesmo quando o seu coração está apertado. No começo parece triste eu sei, como pode parecer triste a alegria do palhaço. Mas se você tiver alma de criança a coisa muda de figura. A criança, em sua deliciosa inocência, não fica o tempo todo se questionando se a alegria do palhaço é alegre mesmo. Ela simplesmente ri, e se diverte, e ao fazer isso faz os adultos rirem também, mesmo aqueles que estavam imersos em suas inúmeras e profundas questões filosóficas e existenciais.

Você pode me acusar de ser simplista, sei que corro esse risco. Talvez até esteja certo.

Mas me dê um desconto… acordei com uma cara tão feia hoje, que se não conseguir rir vou me acabar de chorar, vou ter que gastar uma nota preta em cirurgia plástica, mais um tanto em cosméticos, maquiagem, terapias (nada contra terapia, gente…) e antidepressivos.

Então, com sua permissão, hoje eu prefiro rir!

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Doce poesia e amarga filosofia

Um certo dia
quis fazer uma porção.
Juntar a poesia à filosofia,
e ter o Todo na minha mão.
Da eterna poesia,
tenho o luar quente,
a mancha solar fria,
e uma nuvem reluzente.

Tenho um navio,
que deambula pelos céus,
tenho um pavio,
que reza pelos seus.

A poesia dá-me a eternidade,
dá-me o infinito,
Nela encontro a felicidade,
de como tudo pode ser tão bonito.
Agora adicionando a filosofia.

Da filosofia tenho o pensar,
tenho o raciocínio,
sendo o imaginar,
o maior declínio.
Filosofar, oferece-me questões,
dá-me conceitos,
dá-me radicais dos mesmos.
Após muito pensar,
posso obter algumas soluções,
não digo sem defeitos,
pois somos muitos a remos.

A filosofia, mostra-me os meus valores,
a arte de bem falar,
mostra-me que também existem contravalores,
e que a perfeição não existe para se alcançar.

Que bela porção que resultou,
o que pensam?
O meu ‘eu’ já desejou,
que os porquês, permaneçam?

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

A falta que voce me faz...



Não posso negar que estou morrendo de saudades.
A tua presença me faz falta, e sinto isso com a maior
intensidade, quando as ocupações diárias, me afastam
deste convívio tão benéfico para o meu coração.

Será que não tens a menor culpa pela falta que me faz?
Aquele diálogo tão cheio de proveitosas idéias que me valem
muito, a dor que corroe meu coração.

Só para quando me vejo frente a frente contigo.

A gente troca aquele olhar reconfortante, e vejo nos teus
lábios aquele sorriso que ninguem mais sabe dar.

Não sei se a minha presença constante, te traria cansaço,
só que comigo é bem diferente.
Quanto mais tempo estou contigo, fico mais contente.

Por isso peço que reflita sobre tudo, e não permaneça
por muito mais tempo nesta distância.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

A tão sonhada Liberdade...

Hoje agonizantemente vibram minhas cordas vocais em forma de grito, chove na sequidão de meu rosto castigado, minhas dores em forma da pranto, pranto de uma vida, pranto de uma mulher, pranto de um povo.
Todos os dias acordamos em busca do nunca a procura da tão sonhada paz, que um dia nos foi roubada, pois invadiram nossas tribos, escravizaram nossos pais, roubaram nossos filhos, correntaram nossos deuses e nos impuseram padrões, e deixamos de ser gente, passamos então a ser, branco preto, índio, baixo, gordo, alto, magro, judeu, homem, mulher, cristão, gênio, burro, fraco, forte, pagão, crente ou até mesmo nada.
A brutalidade e o medo nos atingiram com tamanha intensidade, ao ponto de acreditarmos que esta porra de escravidão controlada por essa merda de sistema, vai acabar, e que do nada seremos felizes, que por algum motivo divino ou capitalista alcançaremos repentinamente o paraíso, sem precisar de amor, de outros seres frágeis ou corruptíveis como nós.
Nos cegamos, e por medo, selecionamos algumas mentiras e talentosamente transformamos em verdade absoluta. Criamos paradoxos, personagens e até mesmo deuses, e com tamanha força acreditamos em nossas próprias mentiras, que nos dispusemos a matar ou determinar que nossos deuses matem ou condene todos aqueles que crerem em outras mentiras... ou serão outras verdades?
Então por fim chegamos onde queria que chegássemos, será que somos o que somos, que nos vestimos, cantamos, trabalhamos, estudamos, ou se quer sobrevivemos porque que cremos de verdade, ou queremos mesmo que tudo seja assim? Ou fomos impostos a crer, fazer e pensar assim?
No principio da humanidade, éramos um bando de animais, que vivíamos em prol de alimento, abrigo, e simples sobrevivência. Será que mudamos? Em torno de que vivemos agora?
Pensando assim hoje faremos diferente, proclamaremos liberdade, com as mesmas palavras que levantaremos questionamentos, traremos as soluções, e com as mesmas palavras, escreveremos uma nova estória, cujo o título é "Liberdade", os personagens não tem nomes, cor, ou diferenças. E por fim termos um novo começo, onde se começa o fim de nossas dores, onde se principia a paz, faremos por enredo o perdão, e por fim... seremos felizes, seremos com apenas um.
Então que sejamos livres! Que seja agora! Já! Liberdade.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Eu queria ser a sua garota...


... a sua garota favorita. Eu queria que você pensasse que eu sou a sua razão de estar no mundo. Eu queria que meu sorriso fosse o seu sorriso favorito. Eu queria que sem mim o seu coração se partisse. Eu queria ser a última coisa em que você pensasse antes de dormir. Eu queria que você precisasse de mim. Basicamente, eu queria que você me amasse. Tudo que eu sei é que você é a coisa mais adorável que eu já vi. Eu queria que nós pudéssemos ser algo.

Mau S2