segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Retrospectiva...

A música de fundo...
Aquele eco do passado
A memória inunda...
De passagens... Miragens...
Anos luz de viagem
Bate o sino...
Sou menina...
Bate o sino...
Sou esquina...
Apenas mais uma cantilena
Destoando da cena
Recolho-me
Encolho meus passos
Desfolho-me...
E assim continuamente
Não sou mais forma
Deformo-me...

Aleatório

No clímax de uma reunião com "sábios conselheiros" que em determinado momento focaram o discurso em tentar traçar para mim o meu próprio perfil (uma espécie fajuta de Maktub produzido a giz, à lápis ou... sei lá, nas areias da praia), saí à sorelfa e fui escrever um poema. Às vezes é melhor ser surda, que ter que escutar certas coisas....

sábado, 27 de agosto de 2011

Aceite, vivemos em um mundo feito de polaridades!


É inevitável acordar com cara de maracujá amassado de vez em quando. É inevitável ficar gripado, com o nariz assado, mais parecendo um tomate rachado. É inevitável se sentir ridículo ao sofrer por amor vez ou outra na vida. Aceite, faz parte de nossa experiência enquanto seres humanos. Por aqui amor e medo andam de mãos dadas, bem como o prazer e o desprazer, a beleza e a feiúra, a alegria e a tristeza. Não há como escapar. Não há como ser alegre, saudável e belo e feliz 100% do tempo.

Desista!

O problema é que algumas pessoas simplesmente não desistem. Fingem que as coisas podem ser diferentes e andam pela vida em busca de uma galinha dourada que muge como uma vaca, anda de patins e escreve textos filosóficos em suas horas vagas!!! Querem acordar belos e radiantes, como acontece nas telas de cinema. Querem vidas impecáveis, como lençóis de linho branco que acabaram de ser passados a vapor (com cheirinho de baunilha, é claro!). Querem o amor imaculado que emana luzes douradas de uma perfeição divina.

Acredite no que vou lhe dizer. Essas são as pessoas que sofrem mais. Por mais que suas vidas tenham lá o seu charme, acham que nunca é o suficiente, que deveriam estar vivendo outra coisa ou estar em outro lugar, talvez com outro alguém. Pensam que uma vida feliz deve ser cinematográfica, com direito a “flashes” e pedidos de autógrafos. E assim, descartam sem perceber a única possibilidade de felicidade, que se encontrava lá, meio amassada, como um papel de bala, acomodada bem nas palmas de suas mãos.

Hoje eu acordei com os olhos inchados, parece até que levei um soco embaixo de cada olho. O gosto na boca é pior ainda, uma mistura de borra de café , boldo e óleo de rícino de bacalhau. Meu cabelo parece um ninho de urubús infestado de cupins e para ajudar não tinha água em casa, sei lá eu por quê.
Olho no espelho, e sei que tenho duas opções (viva a dualidade!). Posso chorar, ou posso rir. Tenho preferido rir.

Antes que eu seja mal interpretada, tenho algo a esclarecer… Eu sei o quanto é importante entrarmos em contato com as profundezas da alma humana, com a intensidade da dor, com a verdade do que se passa dentro de nós. Sou psicóloga, lembram? Não tenho como evitar tudo isso. Penso que faz parte de uma existência significativa visitar com certa freqüência o nosso mundo interno, esse lugar sagrado cravado no coração de uma floresta inexplorada. Mas esse lugar existe para ser “visitado”, para nos oferecer suas bençãos. Não foi feito para ser habitado o tempo todo, pelo menos neste planeta.

Precisamos aprender a mergulhar em nossa profundidade, resgatar de lá os nossos tesouros, na forma de sentimentos, colares de lágrimas talvez, e depois nos erguermos, leves e alados, sobre a copa das árvores, celebrando as nossas conquistas com um vôo pleno de alegria. Precisamos aprender a fazer uma dança entre o que se passa dentro e fora de nós. Mergulhar e respirar. Sorrir e chorar. Aprofundar e levitar.

Onde mesmo eu estava?

- Ah… Tenho preferido rir…

Eu sei que você muitas vezes encontra coisas difíceis quando mergulha em suas profundezas. Mas hoje quero lhe dizer que você deveria tentar, rir mesmo quando o seu coração está apertado. No começo parece triste eu sei, como pode parecer triste a alegria do palhaço. Mas se você tiver alma de criança a coisa muda de figura. A criança, em sua deliciosa inocência, não fica o tempo todo se questionando se a alegria do palhaço é alegre mesmo. Ela simplesmente ri, e se diverte, e ao fazer isso faz os adultos rirem também, mesmo aqueles que estavam imersos em suas inúmeras e profundas questões filosóficas e existenciais.

Você pode me acusar de ser simplista, sei que corro esse risco. Talvez até esteja certo.

Mas me dê um desconto… acordei com uma cara tão feia hoje, que se não conseguir rir vou me acabar de chorar, vou ter que gastar uma nota preta em cirurgia plástica, mais um tanto em cosméticos, maquiagem, terapias (nada contra terapia, gente…) e antidepressivos.

Então, com sua permissão, hoje eu prefiro rir!

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Doce poesia e amarga filosofia

Um certo dia
quis fazer uma porção.
Juntar a poesia à filosofia,
e ter o Todo na minha mão.
Da eterna poesia,
tenho o luar quente,
a mancha solar fria,
e uma nuvem reluzente.

Tenho um navio,
que deambula pelos céus,
tenho um pavio,
que reza pelos seus.

A poesia dá-me a eternidade,
dá-me o infinito,
Nela encontro a felicidade,
de como tudo pode ser tão bonito.
Agora adicionando a filosofia.

Da filosofia tenho o pensar,
tenho o raciocínio,
sendo o imaginar,
o maior declínio.
Filosofar, oferece-me questões,
dá-me conceitos,
dá-me radicais dos mesmos.
Após muito pensar,
posso obter algumas soluções,
não digo sem defeitos,
pois somos muitos a remos.

A filosofia, mostra-me os meus valores,
a arte de bem falar,
mostra-me que também existem contravalores,
e que a perfeição não existe para se alcançar.

Que bela porção que resultou,
o que pensam?
O meu ‘eu’ já desejou,
que os porquês, permaneçam?

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

A falta que voce me faz...



Não posso negar que estou morrendo de saudades.
A tua presença me faz falta, e sinto isso com a maior
intensidade, quando as ocupações diárias, me afastam
deste convívio tão benéfico para o meu coração.

Será que não tens a menor culpa pela falta que me faz?
Aquele diálogo tão cheio de proveitosas idéias que me valem
muito, a dor que corroe meu coração.

Só para quando me vejo frente a frente contigo.

A gente troca aquele olhar reconfortante, e vejo nos teus
lábios aquele sorriso que ninguem mais sabe dar.

Não sei se a minha presença constante, te traria cansaço,
só que comigo é bem diferente.
Quanto mais tempo estou contigo, fico mais contente.

Por isso peço que reflita sobre tudo, e não permaneça
por muito mais tempo nesta distância.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

A tão sonhada Liberdade...

Hoje agonizantemente vibram minhas cordas vocais em forma de grito, chove na sequidão de meu rosto castigado, minhas dores em forma da pranto, pranto de uma vida, pranto de uma mulher, pranto de um povo.
Todos os dias acordamos em busca do nunca a procura da tão sonhada paz, que um dia nos foi roubada, pois invadiram nossas tribos, escravizaram nossos pais, roubaram nossos filhos, correntaram nossos deuses e nos impuseram padrões, e deixamos de ser gente, passamos então a ser, branco preto, índio, baixo, gordo, alto, magro, judeu, homem, mulher, cristão, gênio, burro, fraco, forte, pagão, crente ou até mesmo nada.
A brutalidade e o medo nos atingiram com tamanha intensidade, ao ponto de acreditarmos que esta porra de escravidão controlada por essa merda de sistema, vai acabar, e que do nada seremos felizes, que por algum motivo divino ou capitalista alcançaremos repentinamente o paraíso, sem precisar de amor, de outros seres frágeis ou corruptíveis como nós.
Nos cegamos, e por medo, selecionamos algumas mentiras e talentosamente transformamos em verdade absoluta. Criamos paradoxos, personagens e até mesmo deuses, e com tamanha força acreditamos em nossas próprias mentiras, que nos dispusemos a matar ou determinar que nossos deuses matem ou condene todos aqueles que crerem em outras mentiras... ou serão outras verdades?
Então por fim chegamos onde queria que chegássemos, será que somos o que somos, que nos vestimos, cantamos, trabalhamos, estudamos, ou se quer sobrevivemos porque que cremos de verdade, ou queremos mesmo que tudo seja assim? Ou fomos impostos a crer, fazer e pensar assim?
No principio da humanidade, éramos um bando de animais, que vivíamos em prol de alimento, abrigo, e simples sobrevivência. Será que mudamos? Em torno de que vivemos agora?
Pensando assim hoje faremos diferente, proclamaremos liberdade, com as mesmas palavras que levantaremos questionamentos, traremos as soluções, e com as mesmas palavras, escreveremos uma nova estória, cujo o título é "Liberdade", os personagens não tem nomes, cor, ou diferenças. E por fim termos um novo começo, onde se começa o fim de nossas dores, onde se principia a paz, faremos por enredo o perdão, e por fim... seremos felizes, seremos com apenas um.
Então que sejamos livres! Que seja agora! Já! Liberdade.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Eu queria ser a sua garota...


... a sua garota favorita. Eu queria que você pensasse que eu sou a sua razão de estar no mundo. Eu queria que meu sorriso fosse o seu sorriso favorito. Eu queria que sem mim o seu coração se partisse. Eu queria ser a última coisa em que você pensasse antes de dormir. Eu queria que você precisasse de mim. Basicamente, eu queria que você me amasse. Tudo que eu sei é que você é a coisa mais adorável que eu já vi. Eu queria que nós pudéssemos ser algo.

Mau S2

sábado, 30 de abril de 2011

Quem és?

O que está atrás da porta?

Um monstro, um deus,
Ou uma coisa morta?
Uma bola de carne
Com dois olhos,
Sem luz, sem brilho,
Sem entusiasmo,
Jogado feito um molho,
Sacudido apenas
Pelas coisas da razão?

Ah! A emoção!
Onde está a emoção?
A vontade de viver,
Capacidade de perceber
As maravilhas do mundo?
Tudo na vida é um vento
A vida é só um segundo.

E não há tempo a perder.
Aproveite tudo, amado,
Para não te arrepender.
Estou atrás da tua porta
Mas não vou esperar muito

Tenho tanto que fazer
Mas quero partilhar tudo
Aquele bando de pássaros,
O cordão de gaivotas,
A minha casa dos sonhos
Naqueles beirais da praia.
E, quando a noite silencia,
Viver o conto de fadas.

Mas, creio que não te conheço
Para tanto partilhar
Preferes viver com números
Não posso te decifrar.
Quem és tu?

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Poema de Páscoa*

Os ovos de chocolate escondidos no jardim...

O dia é brando, renasce a criança!

Coelhinho da Páscoa o que traz para mim?

Delícias, sabores, felizes lembranças!


Família reunida em torno da imensa mesa,

as guloseimas substituindo o jejum obrigatório...

Vovô num largo sorriso distribuindo gentilezas,

vovó descobrindo imagens no seu sacro oratório.


Depois da refeição, a calorosa confraternização.

A algazarra da meninada buscando os ovos no jardim!

O espírito de união transbordando do coração,

cirandas, músicas, brincadeiras, alegrias que não tinham fim!


O tempo manifesta-se tatuado no peito,

grande é o amor guardado no coração...

Ressuscita a esperança desmaiada no leito,

lembranças do que somos no vácuo da contradição.

 
Quem deste coração fechado nos liberta?

Ser ver... sentimos a presença do Senhor!

A fé em Cristo deixa a porta aberta,

a ressurreição ressurge em todo seu esplendor.


* Poema Escrito em 25/04/2011

Volta Brasil...

No estalo do meu grito
perdendo-se no infinito
o meu coração implora
para que se comece nova história.
Uma história em outra dimensão
onde honestidade, ética e liberdade,
sejam de fato verdades
num mundo onde tudo mudou.
Onde só o poder tem valor...
E nós só temos o que resta... dor!
Os valores foram invertidos
foram todos corrompidos
pelo peso do vil metal.
O Poder se tornou canibal,
animal irracional!
Perdeu a alma
e nós a calma!
Está roubando a esperança
dos jovens, velhos e crianças!
Diante de tanto desengano
grito... reclamo...
E proclamo para que se faça verdade
esta ilusão!
Neste Brasil sem dimensão,
onde a medida é o nosso amor.
Este Brasil de céu anil,
este Brasil cheio de cor,
este Brasil ensolarado,
este Brasil tão amado!
Este Brasil gigante
destruído por ganância alucinante.
Quero de volta os reais valores,
guerra aos impostores!
Quero a honestidade, a ética, a verdade...
Quero para os corruptos, punição,
quero paz e oração.
Quero homens exemplares,
quero fartura nos lares...
Quero para todos, educação,
quero o país em evolução...
Quero homens idealistas
 não meros alpinistas.
Quero voltar a ver o sorriso
acendendo os rostos...
Quero os corações iluminados
batendo de alegria, acelerados!
Quero voltar a ver em cada par de olhos,
a esperança!
Sentir das almas a fragrância
de rosas plenas, em exuberância!
Quero sentir no corpo, a aragem
e do alto acariciar a folhagem...
E viver em paz
num Brasil sem violência...
A Deus peço clemência!

terça-feira, 12 de abril de 2011

Destino...

O que será o destino?
Já nasce traçado?
Ou seremos nós que
Fazemos cada passo dado?

Eis aqui dois extremos
Em que nos questionamos
E se tivesse feito isso e não aquilo?
Teria acontecido o inverso?

Amanheci meio cética
Se seguir por ali...
como dois e dois
Meu caminho será idêntico
Ao dessa matemática?

Nada de ser romântica
Apenas norteando
E me certificando
Do que tem fundamento

Mas o entardecer...
Brincando de bordar o céu
Mexeu com meu eu
E me enrubesceu...

Será que não se nasce
Com tudo que acontece
Será que esse sentimento nasce,
Na soma de um instante?

Se vier, Se ficar...



Se me deixar teus olhos,

sentirei tua ternura,

brilhando como as estrelas

Se houver lágrimas,

as secarei gentilmente,

como a brisa a te acariciar,

para sentir fortemente

todo carinho que posso dar



Se ficar teus braços,

neles me alojarei,

sentindo o conforto,

do abrigo encontrado,

do abraço apertado

para sempre lembrar.

Tuas mãos inclinadas

teu toque suave,

com carinho tatuado,

meu peito marcando,

minha’lma tocando,

como a flauta a soar.



Se me deixar tua boca

teu sorriso será meu tesouro

Se ficar teus cabelos,

acariciarei para que adormeça.

Se me deixar tua voz,

dela farei meu caminho.

Que segurei junto a ti

sem receio de que vás partir

Se ficar o silêncio

celebraremos momentos,

onde gritos de alegria,

ecoou no firmamento



Se ficar tuas pegadas,

dela farei minha estrada,

onde buscarei,

pedaço de ti,

tudo de mim.

Venha para mim?


domingo, 10 de abril de 2011

Meio a Meio...

Minha vida é uma colcha de crochê

tecida ponto a ponto, dia a dia...
Tranço uma malha resistente
numa luta insistente,
hoje, no presente...
Com total ausência de covardia!
Mas sou dual!

Com dúvidas, mas esperança
busco sempre a pura criança
que em mim habita,
sonha e acredita que a vida é linda!
Mas também sabe que
a luta é infinda!

Um gerânio a florescer
cultivado por um simples verbo: amar!
Mas como é difícil apenas amar!!!
Mas se nisso não persisto,
não correspondo aos apelos do Cristo,
à sua ideologia e,
assumo a demagogia dos egoístas
que só querem ter!


E entro num túnel atraente,
cheio de luzes que cegam...
Um lugar envolvente
onde dificilmente existe retorno.
Queimo-me no forno da ambição!
E então desperdiço minha preciosa vida
que terá sido inútil, vazia, em vão...

Descarto a bondade,
perco a tranqüilidade,
aniquilo a vontade,
e sou apenas mais um
no infinito mar de tanta podridão!
E sei que isso eu não quero pra mim, não!

Ah! Sou uma tola poetiza,
partida ao meio, perdida em devaneios,
metade defeitos, metade qualidades,
que sonha destruir a maldade
com tão simples versos!

Como se a poesia
pudesse exterminar as tentações!

Cheguei a Conclusão...

Que tudo na vida tem a hora certa pra acontecer
Com a poesia é a mesma coisa,
que há dias, que há noites certas para se escrever...
tem uns dias que acordo vazia e oca...
sem nenhuma palavra para escrever...
e tem outros que escrevo sem parar...sem limites...
Acredito que tem alguém ao meu lado que me inspira,
que lança palavras,
que me faz sonhar,
que me faz criar...
que me faz delirar...
mas não acontece todo dia....
Tem dias que quando tomo banho,
formo, crio poesias,
Como se as palavras
viessem juntas com a agua...
tem dias que até almoçando, como as palavras....
Como se elas brotassem do nada
ou em tudo que vejo e toco.
vejo um lugar...uma situação
e crio meus poemas assim...
Como um sol nascente
Ou estrelas na imensidao...
e tem dias que não crio nada...
sigo minha vida,
deixando que as palavras floresçam
da minha alma e transbordem em poesia...

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Há!

Há solução para o amor que sinto.

Sinto o amor na solução que há.
Há amor na solução que sinto.
Sinto a solução no amor que há.

Há saudade na relação que sinto.
Sinto a relação na saudade que há.
Há relação na saudade que sinto.
Sinto a saudade na relação que há.

Há felicidade na tristeza que sinto.
Sinto a tristeza na felicidade que há.
Há tristeza na felicidade que sinto.
Sinto a felicidade na tristeza que há.

Há futuro para o desejo que sinto.
Sinto o desejo no futuro que há.
Há desejo no futuro que sinto.
Sinto o futuro no desejo que há.

Há um único amor na vida que sinto.
Sinto a vida no único amor que há.
Há vida no único amor que sinto.
Sinto um único amor na vida que há.

Superação

Na busca constante de determinadas disciplinas da faculdade de direito, acabei por encontrar mais um "achado".
Opa, em sendo assim, nada mais justo do que saborea-lo *.*


Ontem, a vida disse não...
Vida amputada... Dilacerada!
Olhares de compaixão...
Uma cortina de neblina...
Na estrada...
Compartimentos estanques... Cisão
Acaso... Caus!
Black out!

Hoje a vida disse talvez
Recomeçar
No chão, no vão...
Em vão? Não...
Há sempre um clarão
Uma questão de opinião... Determinação!
Seguir em frente
Mesmo contra a corrente
Nas dificuldades

A cada degrau da escada
Sem parada...
Aprendizagem... Coragem!
Nunca desistir...
A cada conquista sorrir...
Para continuar... Relevar!
Regogizar...
Para que assim finalmente
Amanhã a vida diga sim!

domingo, 3 de abril de 2011

O Mendigo

Então vem a noite

E com ela o cansaço.

Me sinto sem ar.

Sem paz, Sem calor

Sem lar, Sem abraço.

È o sonho sonhado

Que se distancia,

Presença constante

Na minha agonia.

Lembrança que invade

O meu pensamento

Que me tira o sono

Feito cão sem dono

Perdido no tempo.

É o dia que chega

É mais um tormento.

Preciso comer,

Mas não tenho o quê.

Saio á procura,

A pedir por aí

Fujo do cachoro

Que quer me morder.

Desvio dos carros,

Caio num buraco.

Estou muito fraco,

Preciso comer..

Enfim, uma casa,

Vou pedir comida.

O dono da casa

Não quiz nem saber.

Preciso seguir,

Vou pro viaduto

Me sinto sem forças

Mas preciso ir..

Me sento num canto,

No pé do pilar.

Muito cansado,

Eu adormeci.

Então acordei,

Num lugar estranho,

Já não sinto sede,

Cansaço nem fome.

Obrigado meu Deus,

Eu sei que morri.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Estrelas...


O problema, se é que havia algum, é que eu já olhara as estrelas antes mesmo que todos os outros fossem capaz de percebê-las. Eu compreendia seus ciclos e suas danças, e o leve piscar com que nos brindavam.

Sempre carreguei esse estranho hábito de olhar para as estrelas antes dos outros. E, certa noite, elas olharam para mim. Vejam bem, logo para mim, que passava assim tão despercebida.

Então me dei conta de que deveria haver um propósito, não isso de propósito maior, nada disso. Me dei conta de que havia um propósito dentro de mim. Havia alguém que eu queria ser, independente de todas as previsões sussurradas às minhas costas.

Não lhes dei mais atenção a partir daquele instante. Observava a dança das estrelas, somente. E já era um tempo em que já era impróprio se olhar assim para estrelas. Mas não me importei. Tornei-me abusivamente teimosa. Fiz meu caminho... Apenas por observar estrelas antes de todos os outros.

Não... Não faz sentido algum. Não precisa fazer.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011



Eu quero meu eu no teu. Simplesmente. Não quero as correias da convivência nem o ambiente inóspito da rotina. Quero ser para você como você é para mim. Apenas ser. Sem nenhuma outra necessidade além do amor mútuo. Sem nenhum desejo além da companhia e da reciprocidade de sentimentos.

Quero ser o sol do teu dia sem ofuscar teus olhos. E ser o ar que respiras sem que te deixe sufocar. Quero nossos pensamentos convergindo para um mesmo ponto sem a dolorosa necessidade da presença. Porque não quero necessitar te ter ao meu lado para ver em um pequeno detalhe cotidiano a luz dos teus olhos ou o som cristalino da tua risada.

Não te quero escravo do meu amor, quero que sejas apenas meu cúmplice. Saber que encontrarei a tua mão ao tatear na escuridão, sem que precise trazer-te para dentro dela.

Não quero ser absolutamente nada na tua vida e exatamente por isso tornar-me tudo. E que ser tudo seja sinônimo de felicidade. E que felicidade seja sinônimo de paz.

Estranho é gostar tanto do seu all star azul...

Realmente estranho... Estranho, como ser incapaz de parar de conversar com alguém, por mais que as horas tenham passado e já gritem que é tarde e que a lua vai alta no céu. Estranho é acordar sorrindo com um beijo imaginado e com um abraço de sonho. E acreditar na certeza de que um dia tudo ficará do jeito que deveria estar.

Estranho é concordar em viver de um jeito diferente, mas não por ignorância, por pura opção, cientes dos milhares de km capazes de separar duas pessoas. Estranho é amar tanto e cada dia mais, e estranho é ter a sorte de encontrar alguém que a cada dia te conquista mais e mais...

Mas pouco importa a normalidade das coisas, não quando sempre se quis fugir um pouco dos padrões, contrariar as expectativas e aborrecer o bom senso. O que realmente importa são os seis meses que se passa ao lado de alguém que te completa, que te escuta, a quem se pode confidenciar tudo, um amigo, um irmão, um amor pra recordar...

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Afinal de contas...?

Afinal de contas
quem sou?
Nunca pude descobrir
e ninguém me diz

Afinal de contas
qual o meu propósito?
Ainda não encontrei,
mas continuarei a procura

Afinal de contas
qual o meu destino?
Ainda não o tenho traçado,
mas sou eu quem o controla

Afinal de contas
será que alguém me ama?
Não sei, ninguém se manifesta,
mas acredito que sim

Afinal de contas
amo ou não?
Talvez, porque quando estou ela
meu coração bate mais forte, ou
talvez seja só paixão

Afinal de contas
sou feliz?
Sim, embora não totalmente
mas consigo viver, isto é que importa

Afinal de contas
quando partirei?
Isso não é importante, o importante mesmo é
Viver, ser Feliz, ter Paz e sobretudo
Amar, Amar e Amar

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Aos porquês da vida...

Ao questionar sobre os porquês da vida,
onde contida, a nossa missão reprimida,
não ouço resposta, apenas silêncio vazio.
Então observo os pequenos fatos,
os que regem o cotidiano
impelindo-nos a diversos atos,
que improvisados, isentam planos
e se alastram pelas estradas
ora íngremes, ora sem danos.

Longa caminhada completa-se passo a passo,
letra por letra escreveu-se o livro sagrado,
de segundo a segundo transcorrem-se milênios,
pequenas fontes geram translúcidas cachoeiras,
grãozinhos de areia e momentos incertos
juntam-se, criando dunas e desertos,
pequenas gotas fazem cair a chuva,
tijolo por tijolo, a mais rica construção.

Com sete notas, a mais bela composição
de Bach, Ave Maria, suave sinfonia.
O todo é composto de pequenas frações
e os porquês nos conduzem às conclusões:
A multidão é formada por eus,
só lhe resta pulsar um coração,
pequenos gestos de compreensão,
solidariedade, respeito, indulgência e perdão,
fazendo a mudança que seu eu precisa,
ajudando a decidir a vida indecisa,
implantando a união,
reconstruindo a nação
e de amor profundo
consertar o mundo,
lembrando a todo segundo
que tudo nasceu de um sonho.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Eu, eu mesma...

Pudesse eu voltar no tempo
e além disso refazer coisas
que fiz errado...
reparar outros momentos

Por um instante que fosse...
uma fração de segundos

Voltar àquela página
que deixei escrita até a metade
além disso gostaria de vasculhar
num outro tempo
bem...bem mais distante
vasculhar os versos
aqueles momentos que não voltam mais.

Deixei coisas pelo caminho
poesias que não escrevi
palavras que deixei de dizer

Mas que mesmo assim...
estão me fazendo falta hoje

Muita coisas que fiz nem mesmo
foram de longe as poesias que escrevo
que publico ou divulgo agora

E inconscientemente apaguei
tirei inclusive do vocabulário
daquelas frases que escrevo hoje

Pudesse eu voltar atrás

Parar o tempo...
num túnel infinito dum passado

Por um instante, ao menos
mesmo que fosse uma fração de segundos ...

Iria corrigir as rimas...
as palavras que disse sem sentido

Desse estranho poema

Que me marcaram a alma

E me transformaram no que sou hoje...

Mas por sorte não é permitido
mudar o passado, apagando...
fragmentando trechos...pedaços...
o que se foi...se foi...não tem mais acerto
mas de hoje em diante
serei eu mesma...sem medo...
daquilo que sou...pois sou fruto
que entrou muitos amigos...
e que não caminha mais sozinha
cheia de medos...repleta de traumas
sou eu...eu mesma...
cresci, evolui...penso o que quero
digo o que sou sem medo
nem receio de ser eu e sobretudo... eu mesma!