terça-feira, 31 de julho de 2012

Há dias...

Há dias que não pedem licença. Vão entrando lentamente no nosso futuro e encaixam-se na bainha das semanas, onde ninguém se lembra de procurar. Há dias que, de tão pouco dias que são, são quase uma afronta ao ritmado e infalível calendário.
Há dias em que as palavras se esquecem de ser palavras e os olhares deixam de ter significado. Nesses dias, os gestos não bastam, os planos não servem como alicerces para construir o amanhã e as meias-palavras são só uma desculpa para fugir de tudo o que nos assusta. São desabafos por terminar, ataques mal desenhados que se reescrevem em repetição contínua e que nunca conseguem chegar ao fim. E hoje não me bastam meias-palavras e nem, meias pessoas, portanto, ou, seja completo ou, que não me apareça até a certeza de ser quem és...

terça-feira, 17 de julho de 2012

Não Quero SÓ Palavras...

(...)Eu li a poucos dias que só escreviam coisas de amores ideais, de sentimentos irreais, de contos de fadas com sapatinhos de cristais que cabiam perfeitamente no pé número 34. Mas, por que? Eu calço 34 e não encontrei meu sapatinho! Amo ...fadas - tenho algumas tatuadas - mas meu conto nem sempre termina o dia com um final feliz, por vezes, existem lágrimas, vontade de gritar... Meu principe sequer conhece ou faz questão de agir como um sapo, e não é no bom sentido - pois eu adoro sapos - é no pior dos sentidos, ao ponto de me magoar e não perceber! Hello! Não estou apaixonada só pelo fato de escrever simples palavras bonitas, é que para mim, gostar de alguém é como se o tempo estivesse parado e, porquanto eu sentia o amor, tracejava aquilo que sentia como se eu ainda estivesse vivenciando cada momento... Palavras nada mais são do que reflexos de atitudes e, não, desculpas para estas! Onde esta o Espelho Mágico? Ó! Existe alguém mais dramática diria ele, mas eu simplesmente responderia: Não estamos em um livro que podemos apenas virar a página ou apagar, aqui, Querido Espelho, os dias passam, os erros retornam e o coração volta a se magoar! Podemos aguentar por quanto? Não quero SÓ palavras(...)

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Who!

"(...)Queria saber onde estão aquelas pessoas de verdade, que a gente não compra mas também não vive sem. Aquele amigo que mudou para o outro lado do mundo mas você não pensa duas vezes antes de pegar o carro, o ônibus ou o avião e fazer uma visita. Só olhar para ele, sentar ao lado, ouvir a voz, faz tudo ficar mais feliz.
Algumas pessoas simplesmente valem a pena.
Queria saber onde é que está aquele tipo de namorado que você não veste para se exibir mas despe para provar só pra si mesmo o quanto é feliz. Que você não desfila ao lado, mas leva dentro do peito.
Que você não compra, consome, negocia ou contrabandeia. Mas se surpreende quando ganha de presente da vida.
Aquele tipo que você não usa para ser alguém e justamente por isso acaba sendo uma pessoa muito melhor.
Não culpo pessoas, lugares e sentimentos que se vendem e muito menos me culpo por viver pra cima e pra baixo com minha sacolinha de degustações frugais. É o nosso mundo moderno cheio de tecnologias e vazio de profundidades.
Mas hoje, só por hoje, vou sair de casa sem minha bolsa. Vamos ver se acabo conhecendo alguém impagável.
Queria saber onde estão as pessoas que não mudam, quem mantem aquela essência, ainda que boba, mas que sincera.
Percebi que algumas das pessoas que valem a pena, fazem falta e que, algumas que criamos expectativas pela amizade leve que existia, mudaram, toranam-se vazias e/ou, vivas em seus próprios mundos.
Não culpo ninguém por mudar.
O mundo esta em constante transmutação, mas, sou antiquada, ainda que eu mude, mantenho a veracidade e a sinceridade de algo simples.
Friso, refriso, pulo e me alegro em gritar, fiasquenta mesmo:
Não somos o IT e sim, o WHO(..)".