sábado, 30 de abril de 2011

Quem és?

O que está atrás da porta?

Um monstro, um deus,
Ou uma coisa morta?
Uma bola de carne
Com dois olhos,
Sem luz, sem brilho,
Sem entusiasmo,
Jogado feito um molho,
Sacudido apenas
Pelas coisas da razão?

Ah! A emoção!
Onde está a emoção?
A vontade de viver,
Capacidade de perceber
As maravilhas do mundo?
Tudo na vida é um vento
A vida é só um segundo.

E não há tempo a perder.
Aproveite tudo, amado,
Para não te arrepender.
Estou atrás da tua porta
Mas não vou esperar muito

Tenho tanto que fazer
Mas quero partilhar tudo
Aquele bando de pássaros,
O cordão de gaivotas,
A minha casa dos sonhos
Naqueles beirais da praia.
E, quando a noite silencia,
Viver o conto de fadas.

Mas, creio que não te conheço
Para tanto partilhar
Preferes viver com números
Não posso te decifrar.
Quem és tu?

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Poema de Páscoa*

Os ovos de chocolate escondidos no jardim...

O dia é brando, renasce a criança!

Coelhinho da Páscoa o que traz para mim?

Delícias, sabores, felizes lembranças!


Família reunida em torno da imensa mesa,

as guloseimas substituindo o jejum obrigatório...

Vovô num largo sorriso distribuindo gentilezas,

vovó descobrindo imagens no seu sacro oratório.


Depois da refeição, a calorosa confraternização.

A algazarra da meninada buscando os ovos no jardim!

O espírito de união transbordando do coração,

cirandas, músicas, brincadeiras, alegrias que não tinham fim!


O tempo manifesta-se tatuado no peito,

grande é o amor guardado no coração...

Ressuscita a esperança desmaiada no leito,

lembranças do que somos no vácuo da contradição.

 
Quem deste coração fechado nos liberta?

Ser ver... sentimos a presença do Senhor!

A fé em Cristo deixa a porta aberta,

a ressurreição ressurge em todo seu esplendor.


* Poema Escrito em 25/04/2011

Volta Brasil...

No estalo do meu grito
perdendo-se no infinito
o meu coração implora
para que se comece nova história.
Uma história em outra dimensão
onde honestidade, ética e liberdade,
sejam de fato verdades
num mundo onde tudo mudou.
Onde só o poder tem valor...
E nós só temos o que resta... dor!
Os valores foram invertidos
foram todos corrompidos
pelo peso do vil metal.
O Poder se tornou canibal,
animal irracional!
Perdeu a alma
e nós a calma!
Está roubando a esperança
dos jovens, velhos e crianças!
Diante de tanto desengano
grito... reclamo...
E proclamo para que se faça verdade
esta ilusão!
Neste Brasil sem dimensão,
onde a medida é o nosso amor.
Este Brasil de céu anil,
este Brasil cheio de cor,
este Brasil ensolarado,
este Brasil tão amado!
Este Brasil gigante
destruído por ganância alucinante.
Quero de volta os reais valores,
guerra aos impostores!
Quero a honestidade, a ética, a verdade...
Quero para os corruptos, punição,
quero paz e oração.
Quero homens exemplares,
quero fartura nos lares...
Quero para todos, educação,
quero o país em evolução...
Quero homens idealistas
 não meros alpinistas.
Quero voltar a ver o sorriso
acendendo os rostos...
Quero os corações iluminados
batendo de alegria, acelerados!
Quero voltar a ver em cada par de olhos,
a esperança!
Sentir das almas a fragrância
de rosas plenas, em exuberância!
Quero sentir no corpo, a aragem
e do alto acariciar a folhagem...
E viver em paz
num Brasil sem violência...
A Deus peço clemência!

terça-feira, 12 de abril de 2011

Destino...

O que será o destino?
Já nasce traçado?
Ou seremos nós que
Fazemos cada passo dado?

Eis aqui dois extremos
Em que nos questionamos
E se tivesse feito isso e não aquilo?
Teria acontecido o inverso?

Amanheci meio cética
Se seguir por ali...
como dois e dois
Meu caminho será idêntico
Ao dessa matemática?

Nada de ser romântica
Apenas norteando
E me certificando
Do que tem fundamento

Mas o entardecer...
Brincando de bordar o céu
Mexeu com meu eu
E me enrubesceu...

Será que não se nasce
Com tudo que acontece
Será que esse sentimento nasce,
Na soma de um instante?

Se vier, Se ficar...



Se me deixar teus olhos,

sentirei tua ternura,

brilhando como as estrelas

Se houver lágrimas,

as secarei gentilmente,

como a brisa a te acariciar,

para sentir fortemente

todo carinho que posso dar



Se ficar teus braços,

neles me alojarei,

sentindo o conforto,

do abrigo encontrado,

do abraço apertado

para sempre lembrar.

Tuas mãos inclinadas

teu toque suave,

com carinho tatuado,

meu peito marcando,

minha’lma tocando,

como a flauta a soar.



Se me deixar tua boca

teu sorriso será meu tesouro

Se ficar teus cabelos,

acariciarei para que adormeça.

Se me deixar tua voz,

dela farei meu caminho.

Que segurei junto a ti

sem receio de que vás partir

Se ficar o silêncio

celebraremos momentos,

onde gritos de alegria,

ecoou no firmamento



Se ficar tuas pegadas,

dela farei minha estrada,

onde buscarei,

pedaço de ti,

tudo de mim.

Venha para mim?


domingo, 10 de abril de 2011

Meio a Meio...

Minha vida é uma colcha de crochê

tecida ponto a ponto, dia a dia...
Tranço uma malha resistente
numa luta insistente,
hoje, no presente...
Com total ausência de covardia!
Mas sou dual!

Com dúvidas, mas esperança
busco sempre a pura criança
que em mim habita,
sonha e acredita que a vida é linda!
Mas também sabe que
a luta é infinda!

Um gerânio a florescer
cultivado por um simples verbo: amar!
Mas como é difícil apenas amar!!!
Mas se nisso não persisto,
não correspondo aos apelos do Cristo,
à sua ideologia e,
assumo a demagogia dos egoístas
que só querem ter!


E entro num túnel atraente,
cheio de luzes que cegam...
Um lugar envolvente
onde dificilmente existe retorno.
Queimo-me no forno da ambição!
E então desperdiço minha preciosa vida
que terá sido inútil, vazia, em vão...

Descarto a bondade,
perco a tranqüilidade,
aniquilo a vontade,
e sou apenas mais um
no infinito mar de tanta podridão!
E sei que isso eu não quero pra mim, não!

Ah! Sou uma tola poetiza,
partida ao meio, perdida em devaneios,
metade defeitos, metade qualidades,
que sonha destruir a maldade
com tão simples versos!

Como se a poesia
pudesse exterminar as tentações!

Cheguei a Conclusão...

Que tudo na vida tem a hora certa pra acontecer
Com a poesia é a mesma coisa,
que há dias, que há noites certas para se escrever...
tem uns dias que acordo vazia e oca...
sem nenhuma palavra para escrever...
e tem outros que escrevo sem parar...sem limites...
Acredito que tem alguém ao meu lado que me inspira,
que lança palavras,
que me faz sonhar,
que me faz criar...
que me faz delirar...
mas não acontece todo dia....
Tem dias que quando tomo banho,
formo, crio poesias,
Como se as palavras
viessem juntas com a agua...
tem dias que até almoçando, como as palavras....
Como se elas brotassem do nada
ou em tudo que vejo e toco.
vejo um lugar...uma situação
e crio meus poemas assim...
Como um sol nascente
Ou estrelas na imensidao...
e tem dias que não crio nada...
sigo minha vida,
deixando que as palavras floresçam
da minha alma e transbordem em poesia...

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Há!

Há solução para o amor que sinto.

Sinto o amor na solução que há.
Há amor na solução que sinto.
Sinto a solução no amor que há.

Há saudade na relação que sinto.
Sinto a relação na saudade que há.
Há relação na saudade que sinto.
Sinto a saudade na relação que há.

Há felicidade na tristeza que sinto.
Sinto a tristeza na felicidade que há.
Há tristeza na felicidade que sinto.
Sinto a felicidade na tristeza que há.

Há futuro para o desejo que sinto.
Sinto o desejo no futuro que há.
Há desejo no futuro que sinto.
Sinto o futuro no desejo que há.

Há um único amor na vida que sinto.
Sinto a vida no único amor que há.
Há vida no único amor que sinto.
Sinto um único amor na vida que há.

Superação

Na busca constante de determinadas disciplinas da faculdade de direito, acabei por encontrar mais um "achado".
Opa, em sendo assim, nada mais justo do que saborea-lo *.*


Ontem, a vida disse não...
Vida amputada... Dilacerada!
Olhares de compaixão...
Uma cortina de neblina...
Na estrada...
Compartimentos estanques... Cisão
Acaso... Caus!
Black out!

Hoje a vida disse talvez
Recomeçar
No chão, no vão...
Em vão? Não...
Há sempre um clarão
Uma questão de opinião... Determinação!
Seguir em frente
Mesmo contra a corrente
Nas dificuldades

A cada degrau da escada
Sem parada...
Aprendizagem... Coragem!
Nunca desistir...
A cada conquista sorrir...
Para continuar... Relevar!
Regogizar...
Para que assim finalmente
Amanhã a vida diga sim!

domingo, 3 de abril de 2011

O Mendigo

Então vem a noite

E com ela o cansaço.

Me sinto sem ar.

Sem paz, Sem calor

Sem lar, Sem abraço.

È o sonho sonhado

Que se distancia,

Presença constante

Na minha agonia.

Lembrança que invade

O meu pensamento

Que me tira o sono

Feito cão sem dono

Perdido no tempo.

É o dia que chega

É mais um tormento.

Preciso comer,

Mas não tenho o quê.

Saio á procura,

A pedir por aí

Fujo do cachoro

Que quer me morder.

Desvio dos carros,

Caio num buraco.

Estou muito fraco,

Preciso comer..

Enfim, uma casa,

Vou pedir comida.

O dono da casa

Não quiz nem saber.

Preciso seguir,

Vou pro viaduto

Me sinto sem forças

Mas preciso ir..

Me sento num canto,

No pé do pilar.

Muito cansado,

Eu adormeci.

Então acordei,

Num lugar estranho,

Já não sinto sede,

Cansaço nem fome.

Obrigado meu Deus,

Eu sei que morri.