terça-feira, 30 de novembro de 2010

Palavras no Liquidificador...

Hoje acordei
com vontade incontrolável
incrível de escrever algo
Não sei sobre o que
mas poderia escrever
sobre melancolia
ou então por amores
decepções passadas
e até mesmo das alegrias
que assombram minha vida
Também pensei em algo diferente
do meu dia a dia...
pode ser que seja ruim
mas enfim, tenho vontade
Pensei muito...
em muitas coisas,
infinidade de coisas
mas nada se encaixava,
nada era perfeito para o momento
foi aí que eu percebi
que eu só queria escrever;
sem um porque,
escrever apenas por escrever.
Peguei um papel,
uma caneta...
e um chocolate,
comecei a rabiscar
também desisti...
fui para tela do computador
e num repente te vi
na minha página de recados
passei a escrever então
digitei coisas sem sentindo
e quando vi...havia escrito
isso... um monte de palavras,
que não se definem em nada
nem mesmo melancólico,
nem crítico... nem nada.
Apenas palavras jogadas,
que me deixaram alegre
muito feliz com uma paz
com um tranqüilidade interior
enorme... transbordando da alma
ultrapassando todos os sentidos
me deixando calma!

(Gaby Barcarolo, 28 de novembro de 2010)

Quero!

Quero um colo vazio

um gesto de carinho
pra mim, sei lá.

Quero um doce veneno
na hora "h" de me matar,
quero morrer de amores
sem sentir dores e nem chorar,
quero um mundo de estrelas e,
a lua cheia pra me guiar.

Quero respostas pra tudo
pra Deus, para o mundo
eu quero entender
a vida como ela é, sem cortes
nem flashes ou playback's pra disfarçar,

Quero amigos do peito no primeiro momento
em que conversar,
quero amar sem medo
daquele desejo de sempre amar.

Quero a veracidade dos fatos,
ferocidade de atos,
o rápido colapso que a vida faz
com pessoas que não entendem
que no mundo, essa roda gigante
está sempre descendo ou subindo um pouco mais.

Quero o sorriso mais pleno,
humano,
sereno,
eu quero sentir
uma liberdade nunca sonhada,
milhares de asas
eu quero subir..

Subir!

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Marginal Sentimental



Presa

Algemada

Pés e mãos atados

Amordaçada

Torturada

Julgada

Sentenciada

Trancafiada

Centos anos reclusa

Dentro de mim

Em regime fechado

Sem liberdade condicional

Recurso ou apelação

Por ter cometido

Tais terríveis delitos:

Posse de bons sentimentos

Apologia à felicidade

E tráfico de carinho

Meu cúmplice, o coração

Arma do crime, o amor!

Sou uma Caixinha de Sentimentos!

Senti uma dor no peito.
Parei, pensei, então me perguntei.
Porque está me doendo tanto.
Já sei… ele está machucado.
Pelos muitos tombos levados.
Que a vida lhe preparou.

A caixinha caiu, e sua tampinha abriu.
Quando ouvi o seu barulho.
Fui depressa tentar junta-la.
Qual foi minha grande surpresa.
Essa caixinha...Meu coração.
Lá estava aberta, e caída no chão.

Só que dentro dessa caixinha.
Muitas coisas da minha vida.
Lá estavam guardadas.
Dentro dela eu me lembro.Tinham…
Um pacote de lembranças.
Um envelope de nomes.
Num embrulho com saudades.
Uma pequena porção de sorrisos.
Mais um pacote de sonhos.

Lembro-me ainda.
Que havia colocado lá dentro.
Mais um embrulho de felicidade.
Junto com a esperança.
Sem contar com o grande envelope.
No qual estava guardado o amor.

Quando minha caixinha caiu.
Logo o vento a invadiu.
E quase vazia ficou.
Tentei junta-la a tempo.
Debati-me contra o vento.
Sentindo a dor no meu peito.

Tudo em vão:
Quase nada deu pra salvar.
Pobre caixinha amiga.
Sempre guardada escondida.
E nunca quis se mostrar.
Tentei não chorar.

E minha caixinha juntei.
Em meu peito a apertei.
Qual foi minha grande surpresa.
Dentro dela não havia mais nada.
Sei que agora vou sofrer.
Logo enxuguei minhas lagrimas.

Veja bem, como essa vida é cruel.
Porque não ficar comigo?
Eram só embrulhos de papel.
Sempre os tive bem guardados.
E relutando contra o vento.
Ainda consegui resgatar.
Um pequeno envelope.

Lagrimas caiam no meu rosto.
Mesmo assim dentro de mim.
Um pequeno sorriso sentia.
Com minhas mãos muito tremulas.
O único envelope abriu.
Veja bem quanta avareza.

Somente o envelope de saudades ficou.
Mais que depressa coloquei na caixinha.
Quantas coisas perdidas.
Senti muito quando não vi.
O pacote do amor.
O envelope de alegria.

Só que de nada adiantaria.
Eu agora querer lembrar.
Sei que nunca irei encontrar.

O que importa agora.
É guardar bem a saudades.
E tentar fazer uma nova caixinha.
E dentro dela guardar.
Alguns desses sentimentos.
Nem que sejam nos meus sonhos.

O envelope da saudade, este ficou.
E só agora descobri.
Porque a saudades ficou!
É pra eu nunca esquecer.
Tudo aquilo que na caixinha havia.
Que numa manhã enfadonha e triste.

O vento tudo levou.
Mas também deixou...
A saudade de pessoas especiais...
Posso dizer algo?
Tenho SAUDADES de cada DETALHE do que PASSEI!

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Não tem solução...

Nem sempre tudo é com desejamos

A vida às vezes nos da às costas

Quando achamos que esta tudo bem

A cadeira se vira e fica com as pernas pro ar.

Não é fácil encarar as dificuldades

No amor é ainda mais complicado

Pois tem o coração envolvido

E quem consegue resolver os problemas do coração

Sem se machucar

Ninguém

Sempre um sai machucado

E a ferida é profunda

Não cicatriza fácil

O coração sofre intensamente

E numa insistência aterrorizante

A mente não para de funcionar

Pensa, pensa e pensa

Mas fica sempre no mesmo lugar

Empacada

Sem saber como lidar com a situação

É aterrorizante a dor que se aprofunda no peito

Vai corroendo por dentro

Você já não sente mais nada

E quando tudo acabar

É que percebe que nada teve razão

E a solução evaporou.

Abro com Medo...

Abro o meu coração

quero te mostrar
de que essência ele é feito!
Toca-me lentamente
faz-me desabrochar os sentimentos
Dê tua mão...
quero-te conduzir
e mostrar a minha vida
Tua presença
faz meus olhos brilharem
mesmo que meu coração tenha medo
de se perder na próxima encruzilhada
Meu medo é natural
tenho receio de me machucar
no final das contas
Meu ser é transparente demais
para deixar esse sentimento
Passar feito brisa da manhã
Abro-me inteira
quando escrevo poesias...

Dúvidas

Palavras soltas ao vento, acompanham
a velocidade do tempo.
Chegam tão de repente, alegram, ferem,
amenizam ou simplesmente aquietam.
As palavras as vezes são como cristais,
transparentes e tão verdadeiros.
As vezes são como punhais, que ferem,
dilaceram a nossa alma, pouco a pouco.
Outras, são carregadas de doçura,
fazendo inveja a própria abelha.
Outras, são cheias de incertezas,
aumentando as duvidas do coração.
Outras, são alegres, divertidas,
despretensiosas.
Outras, é como um furacão, chegam de
repente varrendo sonhos e ilusões.
Algumas, são tão serenas, que você as
vezes duvida, se realmente as ouviu.
As palavras são elos que faltam pra
completar uma corrente.
As palavras podem ser remédios, pra
quem delas precisam.
Mas, se ditas erradamente, num momento
de ira ou de frustração, podem ser fatais.
As palavras, podem transformar sentimentos.
Abrir caminhos, ajudar a ultrapassar barreiras.
Mas, também podem destruir em segundos.
P A L A V R A S,
Uma vez ditas, não se pode mais consertá-las.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Prosas Soltas...

Tenho um mundo grande. Sonhos maiores ainda. Carrego nos olhos a suavidade de um sentir desajustado. Sou o que sou. O que fui não interessa. O que resta é essa normalidade exagerada que não se limita. Finjo ser normal. E não convenço. Brinco de ser menina, arco-íris, luz e purpurina...