domingo, 3 de abril de 2011

O Mendigo

Então vem a noite

E com ela o cansaço.

Me sinto sem ar.

Sem paz, Sem calor

Sem lar, Sem abraço.

È o sonho sonhado

Que se distancia,

Presença constante

Na minha agonia.

Lembrança que invade

O meu pensamento

Que me tira o sono

Feito cão sem dono

Perdido no tempo.

É o dia que chega

É mais um tormento.

Preciso comer,

Mas não tenho o quê.

Saio á procura,

A pedir por aí

Fujo do cachoro

Que quer me morder.

Desvio dos carros,

Caio num buraco.

Estou muito fraco,

Preciso comer..

Enfim, uma casa,

Vou pedir comida.

O dono da casa

Não quiz nem saber.

Preciso seguir,

Vou pro viaduto

Me sinto sem forças

Mas preciso ir..

Me sento num canto,

No pé do pilar.

Muito cansado,

Eu adormeci.

Então acordei,

Num lugar estranho,

Já não sinto sede,

Cansaço nem fome.

Obrigado meu Deus,

Eu sei que morri.

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