Escolhe um caminho, mas
nunca o sigas por muito tempo. Afinal, muitas coisas mudam como as
estações. Sempre que possível escolhe outro caminho mas não vás
por atalhos. O mais fácil é sempre o mais difícil. Não vás
arranhar o coração e alma. Escolhe um local e uma música favorita
mas não deixes tocar por muito tempo. O banal é demasiado
enfadonho. Vai procurando a música certa para o momento certo.
Escolhe um amor mas não ames sempre igual. Ama mais, ama diferente.
Nem as folhas que caiem da mesma árvore, no mesmo Outono, são
iguais. Se reparares, cada uma tem a sua textura e a sua cor. Ama
muito, com texturas de madrugada solta nos cabelos, de sonho
inacabado, com raiva ou com ternura. Mas ama, afinal a vida não é
grande coisa sem paixão. Mas quando falo em paixão refiro-me não
só ao amor de amantes. Amor de amigos, Amor de amar, Amor da vida. E
digo paixão não com o sentido original de sofrimento. Paixão de
ser feliz. Escolhe um sorriso, mas não negues as lágrimas. Afinal,
tal como a sombra que nos acompanha, a alegria vem sempre acompanhada
de rasgos de tristeza, que nos fazem tomar consciência de como é
bom estar feliz. Porque felicidade é um estado, jamais uma certeza.
Em tudo o que faças e em todas as escolhas, recorda que na vida
(quase) tudo é possível de ser sujeito a uma nova transformação,
a uma nova escolha, a um novo retrocesso ou avanço. Poque hoje, é
dia de incertezas e, sinto muita falta!
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